Dados revelam que mulheres recebem 29,4% a menos que os homens em SC e explicitam necessidade de mudança

Você sabia que, mesmo em pleno século XXI, as mulheres ainda enfrentam uma significativa desigualdade salarial em relação aos homens? Pois é, essa realidade preocupante foi trazida à tona pelo recente 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial. E para compreendermos a fundo esse cenário e as medidas necessárias para combatê-lo, adentremos nessa análise aprofundada.

UM CHAMADO À AÇÃO COLETIVA

Durante a apresentação do relatório, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou a importância de encarar a desigualdade salarial como uma questão nacional. Segundo ela, é preciso reconhecer que a igualdade de gênero não é apenas uma pauta das mulheres, mas sim uma luta que envolve toda a sociedade. E com razão, afinal, a igualdade salarial não é apenas uma questão de justiça, mas também uma forma de combater a pobreza feminina.

O CHAMADO À URGÊNCIA

Nas palavras do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, discutir e agir em prol da igualdade salarial não pode mais esperar. Ele ressaltou a urgência em avançar nessa agenda, destacando que é inadmissível que as mulheres ainda enfrentem disparidades salariais em pleno século atual. E ele está absolutamente certo. Afinal, como podemos falar em uma democracia plena se metade da população ainda é sub-remunerada?

DESIGUALDADE ALARMANTE EM SANTA CATARINA

Os números apresentados pelo relatório são contundentes. No Brasil, as mulheres recebem em média 19,4% a menos que os homens. E em Santa Catarina, essa diferença é ainda mais alarmante, chegando a 29,4%. Além disso, as disparidades também são evidentes quando observamos o recorte por raça. Mulheres negras, por exemplo, enfrentam uma diferença salarial ainda maior em comparação com mulheres não negras.

POLÍTICAS EMPRESARIAIS E OPORTUNIDADES

O relatório também nos proporciona insights sobre as práticas adotadas pelas empresas. Apesar de algumas possuírem políticas de incentivo à contratação e promoção de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, ainda há muito a ser feito. E aqui surge um ponto crucial: a inclusão de mulheres em todos os níveis hierárquicos e a implementação de políticas efetivas são essenciais para promover uma verdadeira igualdade de oportunidades.

O CAMINHO PARA A MUDANÇA

É inegável que a transparência salarial é um passo fundamental rumo à igualdade de gênero. Por meio da divulgação dos dados salariais, as empresas são instigadas a enfrentar suas próprias disparidades e a tomar medidas corretivas. E com a fiscalização e as punições previstas em lei para as empresas que não cumprirem com suas obrigações, espera-se uma mudança efetiva nesse cenário.

O Ministério das Mulheres e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançaram uma cartilha para tirar dúvidas sobre a Lei da Igualdade Salarial e o Relatório apresentado nesta segunda-feira. A “Cartilha Tira-Dúvidas: Lei da Igualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens” explica o que é eSocial, quais os critérios adotados para a produção do 1º Relatório de Transparência Social, de que formas as desigualdades salariais se apresentam no ambiente de trabalho, além dos canais de denúncia.

A CHAVE PARA O FUTURO

No entanto, para além das políticas corporativas e das regulamentações governamentais, é fundamental uma mudança cultural. Educar para a igualdade de gênero desde cedo, desconstruir estereótipos e promover uma cultura organizacional inclusiva são passos essenciais rumo a uma sociedade mais justa e igualitária.

UMA LUTA COLETIVA PELO FUTURO IGUALITÁRIO

Em suma, a desigualdade salarial entre homens e mulheres é um desafio complexo que exige ação coletiva em diversas frentes. Desde políticas públicas até mudanças culturais, todos temos um papel a desempenhar nessa jornada rumo à igualdade de gênero. Somente com esforços conjuntos poderemos construir um futuro onde as diferenças salariais sejam apenas uma lembrança de um passado superado.


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