Você sabia que a maioria esmagadora dos brasileiros está consciente sobre as mudanças climáticas? É isso mesmo! Uma pesquisa recente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) revelou que 95,4% da população acredita que as mudanças no clima são uma realidade. Mas será que todos concordam sobre as causas desse fenômeno?
Conteúdos
COMPREENDENDO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A pesquisa apontou que 78,2% dos entrevistados acreditam que as mudanças climáticas são causadas pela ação humana, uma visão amplamente sustentada por estudos científicos. Contudo, 19,6% acreditam que essas mudanças são naturais, sem a intervenção humana. E você, o que acha?
A PERCEPÇÃO DOS RISCOS
Quando se trata da gravidade das mudanças climáticas, a percepção varia. Seis em cada dez entrevistados (60,5%) veem as mudanças climáticas como um “grave perigo para as pessoas no Brasil”. Outros 26,9% consideram os riscos “médios”, enquanto quase 12% avaliam o perigo como pequeno ou inexistente.
AMOSTRAGEM DA PESQUISA
Essa pesquisa foi realizada no final de novembro e início de dezembro do ano passado, antes das recentes tempestades e enchentes no Rio Grande do Sul. Foram entrevistadas 1.931 pessoas com 16 anos ou mais, representando diversas faixas etárias, gêneros, níveis de escolaridade, rendas e locais de residência em todas as regiões do país.
HISTÓRICO DA PESQUISA
Esta é a sexta edição da pesquisa de opinião sobre percepção pública da ciência e tecnologia no Brasil, com edições anteriores em 1987, 2006, 2010, 2015 e 2019. Os resultados mostram que o interesse por ciência e tecnologia tem se mantido estável, em torno de 60,3%.
INTERESSE PELA CIÊNCIA
Curiosamente, temas como medicina e saúde (77,9%) e meio ambiente (76,2%) ainda despertam mais interesse do que ciência e tecnologia. Mas a ciência e tecnologia ainda estão à frente de esportes (54,3%), arte e cultura (53,8%) e política (32,6%). Aliás, o interesse por política cresceu significativamente nas últimas duas edições da pesquisa.
CONHECIMENTO E PARTICIPAÇÃO
Apesar do interesse declarado em ciência e tecnologia, apenas 17,9% dos entrevistados conhecem alguma instituição de pesquisa científica, e somente 9,6% conseguem lembrar o nome de algum cientista brasileiro importante. Além disso, menos de 20% participaram de atividades relacionadas ao conhecimento científico nos 12 meses anteriores à pesquisa.
DESIGUALDADE NO ACESSO AO CONHECIMENTO
A pesquisa também revela desigualdades no acesso ao conhecimento. O interesse por ciência e tecnologia varia conforme a região, idade, renda e tipo de participação política dos entrevistados. O interesse é maior nas regiões Norte e Sul e aumenta com a renda.
A IMPORTÂNCIA DA CIÊNCIA
Apesar dessas desigualdades, a maioria dos brasileiros reconhece a importância da ciência. A pesquisa indica que 97,4% dos entrevistados acreditam que os investimentos em ciência e tecnologia devem ser mantidos ou aumentados, mesmo em anos de crise.
DESINFORMAÇÃO: UM DESAFIO CONSTANTE
Outro aspecto importante abordado pela pesquisa é a desinformação. Metade dos entrevistados frequentemente encontra notícias que parecem falsas, e 61,8% afirmam nunca compartilhar informações sem verificar a veracidade. Contudo, 36,5% admitem já ter compartilhado informações falsas.
VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES
A confiança na veracidade das informações também varia: 45,6% desconfiam de informações provenientes de fontes que não admiram, enquanto 42,2% acreditam em informações de fontes que respeitam. Cerca de 40% dos entrevistados só confiam em uma informação se ela for corroborada por outras fontes, o que é um princípio básico do letramento midiático.
ANÁLISE DE CONTEÚDO
Além das opiniões dos brasileiros, a pesquisa do CGEE também analisou reportagens sobre ciência nos jornais Folha de S.Paulo e O Globo, e postagens sobre o tema no Instagram e YouTube. Os resultados dessa análise estão disponíveis no relatório “A Ciência em Diferentes Arenas”, na página da pesquisa.
Com informações de Agência Brasil.
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