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Entenda a importância do diagnóstico precoce para tratamento eficaz dos distúrbios da glândula tireoide

Você sabia que 60% dos brasileiros podem ter nódulos de tireoide? E desses, 10% podem ser malignos? Com a aproximação do Dia Internacional da Tireoide, celebrado em 25 de maio, é essencial falar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para as complicações da tireoide, que vão desde hipotireoidismo e hipertireoidismo até doenças autoimunes e câncer.

O QUE É A TIREOIDE E QUAL A SUA FUNÇÃO?

Já ouviu falar da glândula tireoide? Ela tem um formato que lembra uma borboleta e está localizada logo abaixo do Pomo de Adão, o famoso “gogó”. Produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), cruciais para o funcionamento dos músculos, órgãos, metabolismo e para o equilíbrio geral do corpo.

COMPREENDENDO OS DISTÚRBIOS DA TIREOIDE

A tireoide pode apresentar problemas ao longo da vida, muitas vezes devido a alterações autoimunes. Segundo o Dr. Arthur Vicentini, cirurgião de cabeça e pescoço do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a tireoide pode deixar de funcionar adequadamente ao longo da vida, geralmente por conta de alterações autoimunes. Quando funciona de forma insuficiente, temos o hipotireoidismo. Se trabalha demais, é o hipertireoidismo. Mas quais são os sintomas? Vamos entender melhor.

HIPOTIREOIDISMO: CANSADO SEM MOTIVO?

O hipotireoidismo, a condição mais comum, pode ser causado pela doença de Hashimoto, onde os anticorpos atacam a própria tireoide. Sintomas incluem cansaço, sonolência, intestino preguiçoso, batimentos cardíacos reduzidos e sensibilidade ao frio. Parece familiar? Muitos desses sintomas são fáceis de ignorar ou atribuir ao stress do dia a dia.

HIPERTIREOIDISMO: CORAÇÃO ACELERADO?

No hipertireoidismo, os sintomas são opostos: coração acelerado, tremores, sensação de calor e pele avermelhada. A Doença de Graves, uma condição autoimune, é a principal causa e pode até fazer os olhos parecerem saltados. Notou algum desses sinais? Pode ser hora de procurar um médico.

A INCIDÊNCIA DOS DISTÚRBIOS DA TIREOIDE

Segundo o Departamento de Tireoide da SBEM, 10% das mulheres podem desenvolver hipotireoidismo, aumentando para 15% após a menopausa. Em homens, a prevalência é de 3%. Já a Doença de Graves, ligada ao hipertireoidismo, é de 5 a 10 vezes mais comum em mulheres entre 20 e 40 anos.

NÓDULOS NA TIREOIDE: QUANDO SE PREOCUPAR?

Os nódulos na tireoide são comuns e na maioria das vezes benignos. No entanto, o Inca estima que entre 2023 e 2025, cerca de 16.660 novos casos de câncer de tireoide serão diagnosticados anualmente no Brasil. Embora o câncer de tireoide seja um dos menos mortais, a detecção precoce é crucial para um tratamento eficaz.

COMO REALIZAR O AUTOEXAME DA TIREOIDE?

Quer saber como está sua tireoide? Faça um autoexame! Diante de um espelho, localize o “gogó”, engula um gole de água e observe se a tireoide se move para cima. Notou alguma saliência? Repita o exame e, se persistir, consulte um médico.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A ultrassonografia é a principal ferramenta para identificar nódulos na tireoide. Se necessário, uma punção aspirativa por agulha fina (PAAF) coleta células do nódulo para análise. O resultado é classificado pelo sistema Bethesda, que vai de 1 (normal) a 6 (maligno).

IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE

A maioria dos tumores tireoidianos, mesmo malignos, tem baixa agressividade e alta taxa de sucesso no tratamento, se detectados precocemente. Portanto, é fundamental um diagnóstico multidisciplinar envolvendo endocrinologistas, cirurgiões de cabeça e pescoço, radiologistas e patologistas.

Agora que você já sabe tudo isso, que tal fazer seu autoexame e ficar atento aos sinais? A saúde da tireoide é essencial para o bem-estar geral. Previna-se!


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