10 municípios decretam situação de emergência em Santa Catarina após fortes chuvas, alagamentos e deslizamentos
Desde o início da manhã de quinta-feira, 16 de janeiro, uma forte frente fria atingiu o litoral catarinense, provocando chuvas torrenciais que causaram destruição e transtornos em diversas cidades. Com o volume de chuva superando o esperado para o período, alagamentos, deslizamentos de terra e danos à infraestrutura pública e privada tornaram-se uma realidade nas regiões mais afetadas. A situação gerou a decretação de emergência em 10 municípios.
O que está acontecendo, afinal? Como os moradores estão reagindo diante de tanta destruição? O que as autoridades estão fazendo para controlar os danos e prestar ajuda às vítimas? Vamos entender, cidade por cidade, como a chuva tem impactado os cidadãos e o que está sendo feito para minimizar as consequências dessa tragédia climática.
Conteúdos
- 10 MUNICÍPIOS DECRETARAM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
- ALERTA VERMELHO
- GOVERNADOR CELSO RAMOS: UMA TRAGÉDIA NO MAR E MUITOS BAIRROS AFETADOS
- FLORIANÓPOLIS: ALAGAMENTOS GENERALIZADOS E TRANSTORNOS NO TRANSPORTE
- BALNEÁRIO CAMBORIÚ E ITAPEMA: RESGATES E ABRIGOS EM TEMPO DE CALAMIDADE
- SÃO JOSÉ E OUTRAS CIDADES DA GRANDE FLORIANÓPOLIS: RISCO DE DESLIZAMENTOS E INUNDAÇÕES
- O RISCO DE NOVOS DESASTRES: O QUE VEM POR AÍ?
- SOLIDARIEDADE E CONSCIÊNCIA AMBIENTAL SE FAZEM NECESSÁRIAS
10 MUNICÍPIOS DECRETARAM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
O impacto das chuvas foi devastador, e 10 municípios do litoral catarinense já decretaram situação de emergência: Camboriú, Governador Celso Ramos, Tijucas, Biguaçu, Florianópolis, Porto Belo, Ilhota, Balneário Camboriú, São José e Palhoça. Esses locais, que normalmente convivem com períodos chuvosos, não estavam preparados para a intensidade e a duração da tempestade que se abateu sobre a região, o que agravou ainda mais a crise.
ALERTA VERMELHO
As fortes chuvas que devastam o litoral de Santa Catarina são um alerta claro: a crise climática é real e exige ação coletiva. O futuro do planeta depende das escolhas que fazemos hoje.
GOVERNADOR CELSO RAMOS: UMA TRAGÉDIA NO MAR E MUITOS BAIRROS AFETADOS
Em Governador Celso Ramos, uma tragédia chocou a população. Um pescador foi levado pela correnteza enquanto navegava em Palmas, e o corpo foi encontrado na manhã de sexta-feira, 17. Esse evento trágico, que representa não só a perda de uma vida, mas também o sofrimento de uma comunidade, marcou o início de uma série de desastres na cidade. Além da morte, Governador Celso Ramos enfrentou danos severos em 16 bairros, que sofreram com quedas de muros e árvores, além de deslizamentos de terra que isolaram várias comunidades ribeirinhas. A dificuldade de acesso a algumas áreas tornou o trabalho das equipes de resgate ainda mais complexo. A cidade, que depende do turismo e da pesca como principais atividades econômicas, viu suas infraestruturas locais comprometidas, com vias de acesso danificadas e muitos moradores sem recursos para reconstruir suas casas.
FLORIANÓPOLIS: ALAGAMENTOS GENERALIZADOS E TRANSTORNOS NO TRANSPORTE
Na capital, Florianópolis, os impactos das chuvas foram igualmente devastadores. A cidade, que já é acostumada a chuvas fortes no verão, não conseguiu lidar com o volume de precipitação que chegou a afetar quase todos os bairros da região. Alagamentos generalizados ocorreram nos bairros do norte, sul e leste da ilha. A SC-401, uma das principais vias de acesso à cidade, ficou bloqueada por mais de 15 horas, o que gerou um congestionamento monumental que ultrapassou os 16 km. Durante o bloqueio, muitos motoristas ficaram presos no trânsito e não conseguiam acessar suas casas ou pontos de trabalho.
A situação só piorou à medida que o tempo passou. Diversas ruas ficaram completamente alagadas, e a prefeitura teve que acionar caminhões de hidrojato para tentar drenar as águas que se acumulavam, o que revelou o quão crítica estava a infraestrutura de drenagem da cidade. Além disso, a Defesa Civil alertou para o risco de deslizamentos, principalmente em áreas mais altas e nas encostas que envolvem a cidade. Com o solo saturado pela quantidade de chuva que já havia caído, o risco de novos deslizamentos de terra em regiões como a do bairro Morro da Lagoa é iminente.
“O que poderia ser feito para melhorar a infraestrutura de drenagem e evitar alagamentos tão severos?” Essa é uma pergunta importante, e os moradores da cidade, que já sofreram no passado com situações semelhantes, esperam que ações eficazes de prevenção sejam tomadas a longo prazo.
BALNEÁRIO CAMBORIÚ E ITAPEMA: RESGATES E ABRIGOS EM TEMPO DE CALAMIDADE
Balneário Camboriú, uma das cidades mais visitadas do estado, não escapou da tragédia. A cidade registrou alagamentos em todos os bairros, e as avenidas principais ficaram completamente submersas, prejudicando o transporte e os serviços essenciais. Unidades de saúde nos bairros Estados, Barra, Vila Real, São Judas, Estaleiro, Estaleirinho e Taquaras foram severamente afetadas, e o atendimento à população teve que ser suspenso devido à inundação dessas áreas.
Além disso, a cidade teve que mobilizar rapidamente suas equipes de resgate para retirar famílias das áreas mais afetadas, especialmente aquelas em situação de risco. A Prefeitura de Balneário Camboriú anunciou a abertura de três abrigos emergenciais para acolher os desabrigados, e a prefeita Juliana Pavan convocou voluntários para reforçar as equipes de socorro. Em Itapema, cidade vizinha, a situação não foi diferente: três abrigos foram abertos para atender a 423 pessoas que perderam suas casas devido ao alagamento. As duas cidades, que dependem muito do turismo e da infraestrutura local, enfrentam enormes desafios para retomar a normalidade após a destruição.
SÃO JOSÉ E OUTRAS CIDADES DA GRANDE FLORIANÓPOLIS: RISCO DE DESLIZAMENTOS E INUNDAÇÕES
Além de Florianópolis, outras cidades da Grande Florianópolis, como São José e Tijucas, continuam em alerta máximo. Em São José, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho, indicando o risco iminente de mais chuvas fortes e possíveis deslizamentos. O município já registra mais de 270 mm de chuva nas últimas 24 horas, o que agrava a situação e aumenta o risco de alagamentos em áreas mais baixas.
Em Tijucas, o volume de chuva registrado foi o maior do estado até o momento, com 280 mm, superando até mesmo a média do mês de janeiro. A cidade está enfrentando dificuldades na drenagem de águas pluviais e, consequentemente, uma série de alagamentos. A Defesa Civil continua monitorando de perto as áreas de risco e tem reforçado os trabalhos de resgate.
O RISCO DE NOVOS DESASTRES: O QUE VEM POR AÍ?
As chuvas continuam a atingir o estado de forma intermitente, e a previsão meteorológica aponta que as precipitações podem se intensificar nas próximas horas, aumentando ainda mais o risco de deslizamentos e alagamentos. As autoridades locais têm alertado a população a evitar áreas de risco e seguir as orientações da Defesa Civil, que está de prontidão para atender a quaisquer novas ocorrências.
O que podemos esperar, então? O solo saturado em várias regiões, somado à previsão de mais chuva, torna a situação ainda mais perigosa, principalmente em áreas como o interior do estado, onde os rios já estão transbordando e as margens se tornam instáveis.
Como se preparar para enfrentar esse tipo de calamidade? A prevenção, o planejamento urbano e a colaboração entre cidadãos e autoridades locais são essenciais para reduzir os impactos das chuvas e proteger vidas.
SOLIDARIEDADE E CONSCIÊNCIA AMBIENTAL SE FAZEM NECESSÁRIAS
Diante de uma catástrofe de proporções tão grandes, a solidariedade tem sido um fator crucial. A resposta rápida dos serviços de emergência e a união entre os cidadãos estão sendo fundamentais para a recuperação das áreas mais afetadas. As autoridades locais, apesar dos esforços, ainda enfrentam desafios consideráveis para restaurar a normalidade e garantir a segurança da população.
Como você pode contribuir? Sua colaboração pode ser essencial para a reconstrução das comunidades afetadas. Seja compartilhando informações importantes, ajudando com doações ou colaborando com ações voluntárias, todos têm um papel importante a desempenhar neste momento de crise.
A chuva pode ter trazido destruição, mas também trouxe à tona o espírito de união e resiliência das comunidades catarinenses. Que essa experiência sirva de lição para um futuro mais preparado, mais solidário e mais consciente sobre a importância de preservarmos o meio ambiente.
Com informações da Agência Civil de Santa Catarina e Agência Brasil
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