A insegurança alimentar diminui na América Latina, mas desafios persistem
A insegurança alimentar na América Latina e no Caribe tem apresentado sinais de melhora nos últimos anos. De acordo com dados recentes, a quantidade de pessoas enfrentando insegurança alimentar na região diminuiu significativamente em 2023, comparado a 2022, passando de 207,3 milhões para 187,6 milhões, uma diferença de 19,7 milhões.
Conteúdos
- IMPACTO DOS EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS
- VARIAÇÕES REGIONAIS NA INSEGURANÇA ALIMENTAR
- FATORES CONTRIBUINTES PARA A MELHORA
- DESAFIOS PERSISTENTES E GRUPOS VULNERÁVEIS
- O PAPEL DO BRASIL NO COMBATE À INSEGURANÇA ALIMENTAR
- A IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA NOS SISTEMAS AGROALIMENTARES
- O CAMINHO PARA UMA AMÉRICA LATINA SEM FOME
IMPACTO DOS EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS
Apesar desses avanços, a região continua vulnerável a eventos climáticos extremos. Pelo menos 20 países da América Latina e do Caribe, representando 73% da região, estão altamente expostos a fenômenos como secas, inundações e tempestades. Mais da metade desses países tem alta probabilidade de enfrentar subalimentação devido a esses eventos, que afetam negativamente a produtividade agrícola, elevam os preços dos alimentos e dificultam o acesso a uma dieta saudável para as populações mais vulneráveis.
VARIAÇÕES REGIONAIS NA INSEGURANÇA ALIMENTAR
A redução da insegurança alimentar não foi uniforme em toda a região. Na América do Sul, observou-se uma melhora significativa, enquanto na América Central os índices permaneceram estáveis em 5,8%. No entanto, no Caribe, a situação piorou, com o índice de população que passa fome atingindo 17,2%. Essas disparidades refletem as diferentes capacidades dos países em lidar com os desafios impostos pelos eventos climáticos extremos e outros fatores socioeconômicos.
FATORES CONTRIBUINTES PARA A MELHORA
A melhora nos indicadores de insegurança alimentar na América do Sul pode ser atribuída a diversos fatores. Entre eles, destacam-se os melhores indicadores econômicos em vários países e a implementação de políticas públicas voltadas para ampliar o acesso da população a alimentos de qualidade. Além disso, houve uma redução nos níveis de pobreza, pobreza extrema e desigualdade, acompanhada por um aumento nos índices de emprego e no salário mínimo.
DESAFIOS PERSISTENTES E GRUPOS VULNERÁVEIS
Apesar dos progressos, ainda existem desafios significativos. Grupos vulneráveis, como mulheres e moradores de zonas rurais, continuam a ser os mais afetados pelos eventos climáticos extremos e pela insegurança alimentar. Além disso, a região enfrenta o paradoxo da coexistência de obesidade infantil e desnutrição. Os alimentos ultraprocessados, que são menos nutritivos e geralmente mais baratos, contribuem para o aumento da obesidade, enquanto a falta de acesso a alimentos saudáveis perpetua a desnutrição.
O PAPEL DO BRASIL NO COMBATE À INSEGURANÇA ALIMENTAR
O Brasil tem desempenhado um papel crucial na redução da insegurança alimentar na região. Dados recentes indicam que a insegurança alimentar severa no país caiu 85% em 2023, com 14,7 milhões de pessoas deixando de passar fome. Essa conquista é resultado de políticas públicas eficazes e de um compromisso contínuo com a erradicação da fome.
A IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA NOS SISTEMAS AGROALIMENTARES
Especialistas enfatizam a importância de fortalecer a resiliência dos sistemas agroalimentares. Eles argumentam que é impossível dissociar a luta contra a fome da defesa de sistemas agroalimentares mais resilientes. Embora haja motivos para comemorar os progressos alcançados em 2023, é crucial continuar trabalhando para garantir que todos tenham acesso a alimentos de qualidade, especialmente diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas.
O CAMINHO PARA UMA AMÉRICA LATINA SEM FOME
A redução da insegurança alimentar na América Latina é um sinal positivo, mas a luta está longe de ser vencida. É essencial continuar implementando políticas públicas eficazes, promover a produção sustentável de alimentos e fortalecer a resiliência dos sistemas agroalimentares para garantir que todos os habitantes da região tenham acesso a uma alimentação adequada e nutritiva. A colaboração entre governos, organizações internacionais e a sociedade civil será fundamental para alcançar esse objetivo.
Fonte: Agência Brasil
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