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Sistema de consórcios: ano inicia com crescimentos

O sistema de consórcios iniciou 2025 registrando recorde de 11,37 milhões de consorciados ativos em janeiro, 9,7% acima dos 10,36 milhões anotados no mesmo mês do ano passado, segundo levantamento da assessoria econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).

No acompanhamento mensal, iniciado há pouco mais de três anos no primeiro mês de 2022, a soma de participantes anotava 8,21 milhões. No mesmo período deste ano, a somatória quebrou mais um recorde ao chegar a 11,37 milhões. Completados trinta e sete meses consecutivos de constante crescimento, o acréscimo foi de 38,5%. Houve apenas uma retração: abril de 2023.

Mesmo com o período sendo marcado por oscilações na economia, as vendas alcançaram 422,33 mil cotas, 14,3% superior às 369,43 mil de um ano. Trata-se do maior volume já obtido em um mês de janeiro nos últimos vinte anos, bem como a terceira maior quantidade mensal alcançada nas duas décadas. Os negócios relativos a estas comercializações resultaram em R$ 34,89 bilhões, 25,1% sobre os R$ 27,89 de 2024.

“A exemplo da sequência crescente observada nos últimos anos”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, “o atual avanço do consórcio está apoiado na cultura do consumidor que, a partir da essência da educação financeira, planeja suas finanças pessoais e vem optando pelo mecanismo para realizar seus objetivos e investimentos de forma simples e econômica”, complementa.

Presente nos mais diversos segmentos, o consórcio, alternativa para quem deseja adquirir bens móveis e imóveis e contratar serviços de forma planificada, vem proporcionando a concretização de inúmeros objetivos pessoais, profissionais, familiares e empresariais.

O total de consorciados contemplados, momento em que os créditos podem ser transformados em bens e serviços, atingiu 169,17 mil, em janeiro, 14,7% maior que os 147,55 mil daquele mês de 2024. Trata-se do segundo maior volume mensal dos últimos vinte anos. A correspondente concessão de créditos somou R$ 10,39 bilhões, potencialmente injetados na economia, 31,5% superior aos R$ 7,90 bilhões de um ano antes.

O tíquete médio de janeiro alcançou R$ 82,61 mil. Sinalizou alta de 9,4% sobre o do mesmo mês de 2024, que na ocasião registrou R$ 75,50 mil. O aumento confirmou a vontade do consumidor por cotas de maior valor, com parcelas acessíveis ao bolso, propiciando crescimento dos negócios realizados no mês.

“Os resultados constatados no primeiro mês do ano demonstraram a continuidade do interesse do brasileiro em seguir visando seus objetivos pessoais, profissionais, familiares e, até mesmo, empresariais”, assegura Rossi. “A constante conscientização, a partir da educação financeira, vem transformando as antigas aquisições por impulso, sem consideração pelo orçamento mensal, em novos consumidores mais equilibrados ao assumir outros compromissos, capazes de dar o passo de acordo com a perna”, destaca.

O consórcio vem demonstrando, há mais de sessenta anos, a seriedade do planejamento para a conquista de objetivos como a evolução patrimonial e melhoria da qualidade de vida. Rossi acrescenta que “a modalidade está cada vez mais presente na cultura financeira do brasileiro, razão pela qual, sem gerar inflação, como verdadeiro modelo de poupança com objetivo definido, cresce mês após mês, ano após ano”.

Setor por setor onde o consórcio está presente, dos 11,37 milhões de participantes ativos, as somas ficaram assim dispostas: 4,91 milhões em veículos leves; 3,04 milhões em motocicletas; 2,18 milhões em imóveis; 859,19 mil em veículos pesados; 263,39 mil em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 122,59 mil em serviços.

Perspectivas do consórcio para 2025

No final de 2024, a projeção de crescimento feita pela assessoria econômica da ABAC para o Sistema de Consórcios para 2025 foi de até 8,0%. Para os diversos segmentos onde está presente, as expectativas ficaram assim divididas: 20,0% para os imóveis, 10,0% para veículos pesados, 6,0% para os veículos leves, 2,0% para as motocicletas, 23,0% para os eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, e 10,0% para os serviços.

“Apesar de ter passado somente um mês do ano”, pontua o presidente executivo da ABAC, “já foi possível observar que os percentuais de vendas apresentaram resultados surpreendentes, animadores, bastante acima do projetado. Contudo, ainda há onze meses para confirmação ou não, inclusive a reversão de tendência para os veículos pesados”, finaliza.

Um resumo do consórcio em alguns elos da cadeia produtiva brasileira, durante janeiro, pode ser aferido pelos volumes financeiros disponibilizados ao mercado, através das contemplações. O sistema atingiu 42,1% de possível presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 46,7% de possível participação, e no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 44,0%, no mês.

No segmento imobiliário, durante 2024, as contemplações representaram potenciais 16,9% de participação no total de 683,61 mil imóveis financiados, incluindo recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e os consórcios, potencialmente um imóvel a cada seis comercializados.

Detalhes dos indicadores

Nas adesões, 422,33 mil, a distribuição setorial ficou assim: 170,45 mil de veículos leves; 120,48 mil de motocicletas; 100,02 mil de imóveis; 14,68 mil de veículos pesados, 12,30 mil de eletroeletrônicos; e 4,41 mil de serviços.

Dos seis segmentos, cinco anotaram elevação nos totais de comercializações: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 72,4%; imóveis, com 40,4%; veículos leves, com 17,8%; serviços, com 8,7%; e motocicletas, com 4,9%. Apenas um apontou retração: veículos pesados, com -46,4%, que manteve um comportamento fora da normalidade em 2023/2024 e ainda interferiu no deste ano.

Em janeiro, os 169,17 mil consorciados contemplados incluíram: 71,00 mil de motocicletas; 67,25 mil de veículos leves; 12,17 mil de imóveis; 10,80 mil de veículos pesados; 4,85 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 3,11 mil de serviços.

O total de cotas ativas em cada segmento esteve assim dividido: 43,2% nos veículos leves; 26,7% nas motocicletas; 19,2% nos imóveis; 7,6% nos veículos pesados; 2,3% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 1,0% nos serviços.

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