Santa Catarina tem a menor taxa de jovens nem-nem no Brasil

Santa Catarina segue se destacando no cenário nacional com a menor proporção de jovens que nem estudam nem trabalham, conhecidos como “nem-nem”. Dados recentes revelam que apenas 10,6% dos jovens catarinenses entre 14 e 24 anos se encontram nessa condição, um índice significativamente menor que a média nacional de 17,3%.
Esse resultado é fruto de uma série de estratégias de inclusão de jovens no mercado de trabalho e na educação, demonstrando que o estado tem investido em soluções eficazes para qualificação e empregabilidade juvenil.
Conteúdos
TAXA DE JOVENS NEM-NEM ESTÁ EM DECLÍNIO NO BRASIL, COM SC NA LIDERANÇA
Os números foram levantados pela Diretoria de Políticas Públicas da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE em fevereiro de 2025.
O termo “nem-nem” tem origem na expressão inglesa NEET (Not in Education, Employment, or Training), que define jovens fora da educação, do mercado de trabalho e de programas de capacitação profissional. Esse grupo pode enfrentar dificuldades futuras para ingressar em carreiras que exigem qualificação técnica ou acadêmica.
Além disso, uma alta taxa de jovens nessa condição pode impactar a economia a longo prazo, pois reduz a força de trabalho qualificada e limita a capacidade de inovação e crescimento do mercado. Esse cenário ressalta a importância de políticas públicas eficazes para reverter essa situação e garantir melhores oportunidades para a juventude.
A preocupação com os “nem-nem” não é exclusiva do Brasil. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 20,4% dos jovens no mundo estão nessa situação. Na América Latina, esse percentual caiu de 21,3% em 2019 para 19,6% em 2023. Dentro desse universo, dois terços são mulheres, uma realidade que também se reflete nos dados catarinenses: 63,5% dos “nem-nem” são do sexo feminino.
No Brasil, a queda do índice nacional de “nem-nem” de 18,3% para 17,3% entre 2022 e 2024 também demonstra avanços, mas Santa Catarina continua sendo o estado com a menor taxa, seguido pelo Distrito Federal (10,7%) e pelo Rio Grande do Sul (11,6%).
PERFIL DEMOGRÁFICO DA JUVENTUDE CATARINENSE
A distribuição demográfica da juventude “nem-nem” em Santa Catarina indica que:
- 65,3% se identificam como brancos;
- 33,8% como pretos ou pardos;
- 0,88% como indígenas.
A população jovem catarinense segue essa proporção demográfica, refletindo a composição geral do estado. Esses dados são fundamentais para compreender melhor os desafios enfrentados por diferentes grupos sociais e desenvolver políticas públicas que promovam inclusão e equidade.
DESEMPENHO NO MERCADO DE TRABALHO: BAIXA TAXA DE DESEMPREGO ENTRE OS JOVENS
Outro indicador positivo para Santa Catarina é a taxa de desocupação entre jovens de 18 a 24 anos, que está em 5,4%. Esse percentual é o terceiro menor do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso (4,7%) e Paraná (5,3%). Esse dado sugere que a economia catarinense tem maior capacidade de absorver a mão de obra jovem, oferecendo oportunidades de trabalho.
Além disso, o estado tem um histórico de investimentos em setores produtivos que demandam mão de obra jovem e qualificada, como tecnologia, indústria, turismo e agronegócio. O fortalecimento desses setores contribui diretamente para a redução do número de jovens desocupados e amplia suas perspectivas de carreira.
O PAPEL DA EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
Santa Catarina tem investido fortemente em programas de qualificação profissional, ampliando a oferta de cursos técnicos e superiores em diversas áreas. Instituições como o SENAI, SESI, IFSC e universidades estaduais e federais desempenham um papel essencial na formação dos jovens, preparando-os para o mercado de trabalho.
Além disso, iniciativas como o ensino médio técnico integrado e programas de estágio remunerado têm sido fundamentais para conectar a juventude ao mundo do trabalho desde cedo, reduzindo as taxas de evasão escolar e aumentando as chances de empregabilidade.
O QUE ESPERAR DO FUTURO?
O cenário positivo de Santa Catarina é um reflexo de esforços contínuos na educação, no mercado de trabalho e nas políticas públicas de inclusão social. No entanto, ainda há desafios a serem superados, especialmente no que diz respeito à equidade de gênero e ao acesso igualitário às oportunidades.
A continuidade dos investimentos em capacitação e empregabilidade juvenil será essencial para garantir que Santa Catarina mantenha sua posição de liderança e ofereça um futuro promissor para seus jovens. O estado já demonstra que está no caminho certo, e as perspectivas são otimistas para os próximos anos.
A Seplan continua acompanhando de perto a realidade dos jovens catarinenses e desenvolvendo estudos detalhados sobre o tema. Os boletins completos podem ser acessados no site oficial: https://www.seplan.sc.gov.br/indicadores-e-boletins-economicos/.
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