Práticas Integrativas e Complementares no SUS crescem 70% e ampliam o cuidado integral

As Práticas Integrativas e Complementares no SUS estão revolucionando a forma como a saúde é promovida no Brasil. Nos últimos anos, essas abordagens terapêuticas cresceram exponencialmente, proporcionando um cuidado mais humanizado e ampliando o acesso da população a tratamentos integrativos. Em 2024, foram registrados 7.156.703 procedimentos, representando um aumento de 70% em relação a 2022, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Esse avanço reflete o fortalecimento da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), instituída em 2006. Essa política incorpora tratamentos reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI), garantindo alternativas seguras e embasadas cientificamente para complementar o cuidado convencional.
EXPANSÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA E NA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE
Os números evidenciam um crescimento expressivo em diferentes níveis de atendimento. Em 2024, a Atenção Primária à Saúde (APS) registrou 3.198.546 procedimentos, um aumento de 32% em relação a 2023 e 67% em relação a 2022. Na Média e Alta Complexidade (MAC), os avanços foram ainda mais significativos, com um crescimento de 73% desde 2022, totalizando 3.958.157 procedimentos realizados.
Essa ampliação também reflete no acesso da população: mais de 9 milhões de pessoas participaram de atividades de PICS no SUS em 2024, um aumento de 83% em dois anos. Na APS, esse crescimento foi de 93%, alcançando mais de 5 milhões de usuários.
PRÁTICAS COM MAIOR CRESCIMENTO
Diversas abordagens tiveram um crescimento expressivo, consolidando-se como alternativas terapêuticas populares no SUS:
- Auriculoterapia: 929.920 atendimentos (+102% em relação a 2022);
- Aromaterapia: 106.077 atendimentos (+181%);
- Práticas Corporais da Medicina Tradicional Chinesa: 658.899 participantes (+208%);
- Yoga: 217.925 participantes (+290%);
- Arteterapia: 71.429 participantes (+271%);
- Musicoterapia: 74.716 participantes (+374%).
Esse crescimento reflete a ampliação das estratégias de cuidado, fortalecendo o SUS como um sistema de saúde mais inclusivo e humanizado.
EXPANSÃO DAS PICS E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
A expansão das Práticas Integrativas e Complementares no SUS está diretamente ligada a estratégias de fortalecimento implementadas pelo Ministério da Saúde. Algumas dessas iniciativas incluem:
- Expansão das Equipes de Saúde da Família e Equipes Multiprofissionais na APS;
- Retomada do Programa Mais Médicos para ampliar a oferta dos serviços;
- Reforço da Política Nacional de Promoção da Saúde, incentivando o autocuidado e a integração intersetorial;
- Lançamento de 12 novos cursos na plataforma AVASUS, totalizando 18 cursos e mais de 232 mil inscritos;
- Formações especializadas em auriculoterapia e acupuntura em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);
- Projeto piloto da Fiocruz para integrar PICS ao cuidado da dor crônica e saúde mental.
Essas ações fortalecem a rede pública de saúde e garantem que os profissionais estejam capacitados para oferecer um atendimento qualificado e acessível.
COMO ACESSAR AS PICS NO SUS
As Práticas Integrativas e Complementares no SUS estão disponíveis para a população de forma gratuita. Veja como acessá-las:
- Procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS): Muitas UBS oferecem auriculoterapia, yoga, arteterapia, musicoterapia e práticas corporais da Medicina Tradicional Chinesa.
- Consulte a Secretaria de Saúde do seu município: A oferta pode variar conforme a cidade, por isso, informe-se sobre os serviços disponíveis na sua região.
- Encaminhamento para tratamentos específicos: Algumas práticas, como acupuntura e fitoterapia, podem exigir encaminhamento médico para serviços especializados.
FORTALECIMENTO DO CUIDADO INTEGRAL
O crescimento das Práticas Integrativas e Complementares no SUS reflete uma mudança de paradigma na saúde pública brasileira. Mais do que tratar doenças, o SUS está cada vez mais focado na promoção da saúde e no bem-estar integral da população.
Alinhada às diretrizes da OMS e à Estratégia Global para Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas, a política pública brasileira se destaca por incorporar abordagens seguras, cientificamente embasadas e acessíveis. Com a expansão das PICS e a qualificação profissional, o SUS se consolida como um modelo de saúde inovador e inclusivo.
A tendência é que as Práticas Integrativas e Complementares no SUS continuem crescendo e impactando positivamente a vida de milhões de brasileiros. Afinal, quem não quer uma saúde mais equilibrada, acessível e centrada no bem-estar?
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