Conab projeta safra de grãos superior a 328 milhões de toneladas em 2024/25
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (13) os dados do sexto levantamento da safra de grãos 2024/25, trazendo uma estimativa bastante positiva para a produção de grãos no Brasil. O país deve colher 328,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 10,3% em relação ao ciclo anterior (2023/24). Com um acréscimo de 30,6 milhões de toneladas de 16 culturas, o Brasil caminha para alcançar um novo recorde histórico. Este aumento é impulsionado pela expansão das áreas de cultivo e pela recuperação da produtividade das lavouras.
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A SAFRA HISTÓRICA E O IMPACTO ECONÔMICO
O que podemos esperar dessa safra? De acordo com o presidente da Conab, Edegar Pretto, os números são extremamente positivos e superam até mesmo as expectativas anteriores. Em suas palavras, “as previsões deste sexto levantamento são mais positivas ainda do que as do quinto levantamento”. Com isso, o Brasil consolida sua posição como um dos maiores produtores agrícolas do mundo, com impactos significativos na economia nacional e nas exportações.
A produção estimada será alcançada graças ao aumento na área plantada, que deve alcançar impressionantes 81,6 milhões de hectares. Além disso, a produtividade média das lavouras projetada é de 4,02 toneladas por hectare, refletindo uma recuperação em relação ao ciclo passado.
SOJA: LIDERANÇA GLOBAL E RESULTADOS POSITIVOS
A soja continua sendo o grande carro-chefe da agricultura brasileira. Para a safra 2024/25, a produção de soja deve atingir 167,4 milhões de toneladas, um aumento expressivo de 13,3% em relação à safra anterior. Com 47,45 milhões de hectares dedicados ao cultivo, o Brasil mantém sua liderança na produção mundial dessa oleaginosa.
Apesar de desafios climáticos como o excesso de chuvas em janeiro, que atrasaram o plantio, a colheita já apresenta avanços significativos. Em fevereiro, a estiagem permitiu que 60,9% da área fosse colhida, com destaque para a recuperação nas regiões Centro-Oeste, que compensaram a perda de produção no Rio Grande do Sul. “A diminuição das chuvas no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, que trouxe uma quebra na produção da soja [local], teve uma extraordinária recuperação nas demais regiões, como o Centro-Oeste”, afirmou Pretto.
MILHO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
O milho, um dos produtos mais importantes para a cadeia produtiva nacional, também apresenta números promissores. A Conab projeta uma produção de 122,76 milhões de toneladas, representando um crescimento de 6,1% em relação à safra passada. No entanto, um ponto de atenção é a diminuição das chuvas, que pode afetar o final do plantio.
O milho tem grande importância na alimentação animal, sendo utilizado na ração de aves, suínos e bovinos. Por isso, o acompanhamento da produção é essencial para garantir a oferta do produto tanto para o mercado interno quanto para o externo. “Ter mais milho em oferta, tanto para o nosso Brasil quanto para o exterior, é importante para a economia. O governo tem uma atenção especial para a ração animal e também sobre o preço da carne para os consumidores”, ressaltou Pretto.
FEIJÃO E ARROZ: BOAS EXPECTATIVAS PARA CULTURAS TÍPICAS
Em relação a outros produtos tradicionais da culinária brasileira, os números também são animadores. Para o arroz, a área plantada deve crescer 6,5%, atingindo 1,7 milhão de hectares, a maior área nos últimos sete anos. A produção estimada é de 12,1 milhões de toneladas, o que representa um aumento significativo para o consumo interno. “O que é muito positivo porque [o arroz] é uma das culturas importantes para o nosso consumo interno”, comentou o presidente da Conab.
Já o feijão, outro item indispensável na mesa dos brasileiros, deve registrar um aumento de 1,5% na produção, estimada em 3,29 milhões de toneladas. Este crescimento está diretamente ligado à recuperação da produtividade das lavouras, apesar de a área dedicada ao feijão se manter praticamente estável.
ALIMENTAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS: APOIO AOS PRODUTORES
É importante destacar que a Conab tem acompanhado de perto a implementação de políticas de apoio aos produtores da agricultura familiar. Essas políticas têm se mostrado eficazes, especialmente no que diz respeito ao financiamento com juros mais baixos para alimentos como arroz e feijão, fundamentais para o consumo interno.
Edegar Pretto reforçou a importância dessas políticas para o fortalecimento do setor agrícola: “Neste ano, estamos fazendo a colheita das boas políticas plantadas no ano passado”. Além disso, a Conab está atenta ao próximo plano safra e recomenda que o governo federal continue a incentivar o setor agrícola, garantindo mais alimentos no mercado e preços justos para os consumidores.
ALGODÃO E TRIGO: NOVOS RECORDES À VISTA
A produção de algodão também está em alta. A área semeada deve alcançar 2 milhões de hectares, com uma produção estimada de 3,82 milhões de toneladas de algodão em pluma, um novo recorde, caso o crescimento de 3,3% se confirme.
Por outro lado, o trigo tem uma expectativa de produção de 9,11 milhões de toneladas, com um aumento de 15,6% em relação à safra anterior, apesar de uma leve redução na área plantada. A área destinada ao trigo será de 2,99 milhões de hectares. A Conab espera que as condições climáticas favoreçam a produção até o final do inverno, o que pode garantir bons resultados para essa cultura.
O QUE ESPERAR DO FUTURO?
Com uma safra tão promissora, o Brasil segue mostrando sua força no cenário global. A diversificação das culturas, o uso de tecnologias e a implementação de boas políticas públicas são os pilares que sustentam esse crescimento. Agora, resta acompanhar o andamento das lavouras e torcer para que as projeções se confirmem, trazendo resultados positivos para os produtores e para o país.
Para mais detalhes sobre o levantamento completo da safra de grãos 2024/25, acesse o site da Conab aqui.
Fonte: Agência Brasil
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