Novas regras para emissão de nota fiscal do MEI já estão em vigor

A partir deste ano, os Microempreendedores Individuais (MEIs) precisarão se adaptar a novas regras para a emissão de notas fiscais eletrônicas. As mudanças, que já estão em vigor, afetam tanto aqueles que compram quanto os que vendem produtos, trazendo ajustes em códigos fiscais, obrigações tributárias e na emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e).
O objetivo dessas alterações é garantir mais transparência e padronização nos registros fiscais, facilitando o controle por parte da Receita Federal e das Secretarias da Fazenda estaduais. Mas o que muda, na prática, para os microempreendedores? E como se preparar para seguir corretamente as novas exigências? Vamos explicar tudo para você.
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O QUE MUDA NA EMISSÃO DE NOTA FISCAL PARA O MEI?
Entre as principais mudanças nas regras para emissão de notas fiscais do MEI, estão a obrigatoriedade da atualização de dados no sistema e a inclusão de novos códigos para identificar as operações comerciais.
Uma das novidades é a necessidade de inserir o Código de Regime Tributário Simples Nacional – MEI (CRT 4), que agora deve ser usado em conjunto com o Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP). O CFOP é essencial para indicar o tipo de transação realizada — seja uma venda, uma devolução ou uma remessa — e seu impacto na tributação.
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), essa obrigatoriedade visa padronizar a emissão de notas e melhorar a fiscalização. “Será preciso inserir o Código de Regime Tributário Simples Nacional – MEI (CRT 4), que deve ser usado em conjunto com o CFOP adequado à operação fiscal”, explicou a entidade.
CÓDIGOS QUE O MEI PRECISA UTILIZAR
Os MEIs que atuam no comércio precisam ficar atentos aos códigos fiscais obrigatórios, que variam conforme a operação:
- Operações internas e interestaduais:
- 1.202, 1.904, 2.202, 2.904, 5.102, 5.202, 5.904, 6.102, 6.202 e 6.904.
Cada um desses códigos corresponde a uma modalidade de transação específica. Para evitar erros, o Sebrae recomenda que os MEIs consultem a Secretaria da Fazenda de seus estados sempre que houver dúvidas.
Outra alteração relevante é que, ao realizar vendas interestaduais para consumidores finais (não contribuintes), o MEI não precisará mais preencher as informações sobre o Diferencial de Alíquotas (DIFAL). Isso acontece porque essa informação se tornou irrelevante para o CRT 4.
IMPACTOS PARA OS MICROEMPREENDEDORES
As novas exigências podem parecer burocráticas, mas trazem algumas vantagens. A padronização e a digitalização dos processos fiscais facilitam a organização contábil dos MEIs e ajudam a evitar problemas com o fisco.
Contudo, para quem não está acostumado com essas exigências, pode haver um período de adaptação. Nesse sentido, buscar apoio do Sebrae ou de um contador é uma boa estratégia para garantir conformidade com as novas normas.
OUTRAS MUDANÇAS PARA OS MEIs EM 2025
Além das alterações na emissão de notas fiscais, outras mudanças significativas estão previstas para os Microempreendedores Individuais em 2025:
- Aumento do teto de faturamento: o limite de receita anual pode ser ampliado, permitindo que mais autônomos permaneçam no regime MEI.
- Nova contribuição mensal: possíveis ajustes na taxa fixa do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) estão em discussão.
- Exigência maior de emissão de nota fiscal: o governo federal tem intensificado a obrigação de emissão de NF-e para diversos setores, ampliando a transparência fiscal.
COMO SE PREPARAR PARA AS NOVAS REGRAS?
Para não ter problemas com a fiscalização, os MEIs devem:
- Atualizar-se sobre as novas regras no Portal do Empreendedor do Governo Federal.
- Consultar a Secretaria da Fazenda estadual para entender os CFOPs aplicáveis ao seu tipo de negócio.
- Organizar sua contabilidade, garantindo que as notas fiscais sejam emitidas corretamente.
- Procurar ajuda de especialistas, como contadores ou serviços do Sebrae, para garantir conformidade com a legislação.
As novas regras para emissão de nota fiscal do MEI em 2025 são um passo rumo à maior formalização dos pequenos empreendedores. Apesar dos desafios iniciais, a adequação às novas exigências garantirá mais segurança e credibilidade aos negócios.
Fonte: Agencia Brasil
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