Renda média do trabalhador brasileiro chegou a R$ 3.378,00, atingindo recorde histórico

O aumento do rendimento dos trabalhadores brasileiros atingiu um novo recorde, marcando um momento significativo para o mercado de trabalho no país. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda média do trabalhador chegou a R$ 3.378 no trimestre encerrado em fevereiro de 2025. Esse valor representa o mais alto já registrado desde o início da série histórica em 2012.
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CRESCIMENTO DA RENDA MÉDIA DO TRABALHADOR BRASILEIRO E SEU IMPACTO NA ECONOMIA
Os dados mais recentes mostram que o rendimento médio cresceu 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O recorde anterior havia sido estabelecido no trimestre encerrado em janeiro de 2025, com um valor ligeiramente inferior, de R$ 3.365.
Mas o que esse crescimento significa na prática? O aumento da renda média dos trabalhadores impulsiona o consumo e fortalece a economia. Com mais dinheiro circulando, setores como comércio e serviços são diretamente beneficiados. Além disso, o crescimento da massa salarial, que alcançou R$ 342 bilhões, evidencia o fortalecimento da atividade econômica.
REDUÇÃO DA INFORMALIDADE E SEU PAPEL NA ELEVAÇÃO DOS SALÁRIOS
Um dos fatores determinantes para esse avanço foi a redução da informalidade. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, a queda na taxa de trabalhadores informais tem um impacto direto no aumento do rendimento médio:
“Se hoje, na minha população ocupada, eu tenho uma maior proporção de trabalhadores formais do que havia anteriormente, é esperado que essa média [de rendimento] aumente, dado que, de modo geral, os trabalhadores formais têm um rendimento maior que os não formais”.
A taxa de informalidade caiu para 38,1% da população ocupada, comparado a 38,7% no trimestre encerrado em novembro de 2024. Esse movimento é positivo, pois trabalhadores formais contam com benefícios como férias remuneradas, 13º salário e contribuição para a Previdência Social, o que proporciona maior segurança financeira.
TAXA DE DESEMPREGO SEGUE EM QUEDA
Outro dado importante levantado pela pesquisa foi a taxa de desemprego, que ficou em 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2025. Esse número reflete uma estabilização do mercado de trabalho, com mais pessoas conseguindo se manter empregadas, especialmente em setores com salários mais elevados.
Entretanto, o número total de ocupados sofreu uma leve queda de 1,2% em relação ao trimestre anterior, ficando em 102,7 milhões de pessoas. Esse recuo se deve, principalmente, a um comportamento sazonal da administração pública, que reduziu postos de trabalho temporários no início do ano, especialmente na área da educação fundamental.
IMPACTO DO REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO
Outro fator que contribuiu para o recorde do rendimento médio foi o reajuste do salário mínimo para R$ 1.518, implementado no início de 2025. Embora seu impacto seja menor quando comparado à redução da informalidade, ele ainda exerce uma influência significativa na economia, funcionando como um referencial de rendimento até mesmo para trabalhadores informais.
Segundo Adriana Beringuy, do IBGE:
“O salário mínimo é um balizador importante no mercado de trabalho, principalmente entre os trabalhadores informais”.
Esse aumento contribui para a melhora do poder de compra da população, garantindo que os trabalhadores de menor renda tenham um pouco mais de fôlego financeiro.
CONTRIBUIÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL EM ALTA
A pesquisa do IBGE também revelou um aumento no número de trabalhadores que contribuem para a Previdência Social. No trimestre encerrado em fevereiro de 2025, 67,6 milhões de brasileiros realizavam essa contribuição, representando 65,9% da população ocupada. Esse é o maior percentual registrado desde julho de 2020, quando a taxa foi de 66,1%.
O crescimento da formalização do mercado de trabalho tem reflexos diretos na Previdência Social, garantindo maior proteção para os trabalhadores a longo prazo. Esse cenário é fundamental para a sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro.
PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
Com a economia se recuperando gradualmente e a formalização do mercado de trabalho aumentando, as projeções para o rendimento dos trabalhadores são otimistas. Especialistas apontam que, se essa tendência de crescimento continuar, poderemos ver novas marcas sendo atingidas nos próximos meses.
Entretanto, desafios ainda existem, como a necessidade de garantir maior estabilidade no mercado de trabalho e reduzir a rotatividade em setores de baixa renda. Além disso, políticas públicas voltadas para a qualificação profissional podem impulsionar ainda mais esse crescimento, permitindo que os trabalhadores acessem melhores oportunidades e salários mais altos.
CONCLUSÃO
O aumento do rendimento dos trabalhadores brasileiros representa um avanço significativo para a economia e para a qualidade de vida da população. Com uma maior formalização do mercado de trabalho, reajustes no salário mínimo e queda no desemprego, os números mostram um cenário mais favorável para os trabalhadores.
Ainda há desafios a serem superados, mas o momento é de otimismo. Se essa tendência continuar, o Brasil pode alcançar novos recordes e garantir um mercado de trabalho mais estável e sustentável para todos.
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