Câmara de Florianópolis aprova projeto que proíbe uso de caixas de som nas praias

Imagine estar na beira-mar, sentindo a brisa e ouvindo o som das ondas… até que a paz é interrompida por uma caixa de som portátil tocando em volume máximo. Já viveu essa situação? Pois ela pode estar com os dias contados em Florianópolis.

Na última quarta-feira (9), a Câmara de Vereadores da capital catarinense aprovou, em primeira votação, um projeto de lei que visa devolver a tranquilidade às praias da cidade. A proposta — que segue agora para a sanção do prefeito Topazio Neto — proíbe o uso de equipamentos sonoros, como caixas de som, alto-falantes e dispositivos semelhantes, tanto nas praias quanto nos acessos públicos que levam até elas.

SOSSEGO COMO PRIORIDADE: UMA DEMANDA ANTIGA

O projeto, de autoria da vice-prefeita Maryanne Mattos, nasce de uma demanda recorrente da população local. Segundo ela, as reclamações sobre barulho em excesso se tornaram frequentes, especialmente nas temporadas de verão, quando o litoral recebe milhares de turistas.

“O uso de caixinhas de som contribuiu para um aumento excessivo do ruído e da poluição sonora, impactando negativamente a saúde e a tranquilidade dos usuários das nossas praias”, afirma Maryanne.

A nova medida tem como foco preservar a experiência de quem busca nas praias não só lazer, mas também descanso e contato com a natureza — sem o incômodo da trilha sonora alheia.

O QUE MUDA COM O PROJETO

Se o projeto for sancionado, qualquer pessoa flagrada utilizando caixas de som ou aparelhos similares nas praias estará sujeita à apreensão imediata dos equipamentos por parte da fiscalização municipal.

Mas calma: há exceções. Estão liberados sons provenientes de:

• Eventos oficialmente autorizados pela Prefeitura;

• Veículos de emergência;

• Apitos usados por salva-vidas, policiais e rondas durante o exercício de suas funções.

A proposta também reafirma a importância de espaços públicos mais harmônicos, onde o convívio coletivo respeita o bem-estar de todos.

UM PASSO PARA UM VERÃO MAIS SILENCIOSO?

A possível nova lei não é apenas uma resposta a queixas pontuais. Ela reflete uma mudança cultural mais ampla: o desejo de um turismo mais sustentável, respeitoso e equilibrado com o ambiente urbano e natural.

E aí, você é do time que curte o som ambiente da natureza ou prefere levar a playlist na mochila? Em breve, em Florianópolis, essa escolha pode não ser mais uma questão de gosto — mas sim, de lei.

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