Casa Alva firma convênio com Camboriú para acolher moradoras vítimas de violência doméstica
Parceria via edital de credenciamento garante 15 vagas pelo período de 12 meses
As moradoras de Camboriú que se encontrarem em situação de violência doméstica e familiar agora possuem mais um mecanismo de defesa. A Casa Alva firmou um convênio com a Prefeitura de Camboriú, via edital de credenciamento, para garantir 15 vagas às vítimas em vulnerabilidade. Esta é a primeira parceria entre a ONG e o Município, e valerá por 12 meses – até agosto de 2025.
“Camboriú tem números altíssimos de violência doméstica. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, por exemplo, a cidade foi a 19ª do Brasil entre as taxas mais altas de estupro, considerando aquelas com mais de 100 mil habitantes”, explica a gestora social da Casa Alva, Mariana Torres Roveda.
Para buscar o atendimento, as mulheres vítimas de violência em Camboriú deverão ir até o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) – ligado à Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social – e informar a situação de vulnerabilidade. O órgão dará os encaminhamos necessários, como a obrigatoriedade de medida protetiva expedida judicialmente.
“Até então, nós prestamos atendimento às mulheres dentro do que nos era possível, de forma voluntária. Só que, a partir de agora, teremos respaldo do Município e formalizamos a prestação de serviço. Foram incríveis as recepções das coordenações do Creas e da Delegacia. Todos mostraram estar felizes com a parceria”, completa Mariana.
Conheça a Casa Alva
Prestes a completar 7 anos, a Casa Alva é uma ONG que acolhe mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. São três unidades em Balneário Camboriú, São José e Itajaí – todas com endereço em sigilo.
Entre os serviços prestados estão o acolhimento institucional de mulheres junto aos filhos; os grupos terapêuticos para mulheres e para crianças e adolescentes; o atendimento psicológico e assistente social; a promoção do acesso à atendimentos de cidadania, Saúde e Educação, via encaminhamento para órgãos nos municípios de atuação; o estímulo para habilidades profissionais por meio de encaminhamentos para cursos e mercado de trabalho, de acordo com o interesse da mulher; e o incentivo à participação em atividades culturais, esportivas e de lazer.