Grupo Corpo traz para Santa Catarina o melhor da dança brasileira

Você já se imaginou imerso em um espetáculo de dança onde a música, a luz e o movimento se fundem em uma única obra-prima? Essa é a experiência que o Grupo Corpo, uma das mais icônicas companhias de dança contemporânea do Brasil, promete ao desembarcar em Florianópolis para uma curta, mas impactante, temporada no Teatro Ademir Rosa. Nos dias 4 e 5 de outubro, a capital catarinense se tornará palco de duas das coreografias mais celebradas do repertório da companhia: “O Corpo” e “Benguelê”. E por que você não pode perder esse evento? Vamos te contar!

UMA TRADIÇÃO DE EXCELÊNCIA EM MOVIMENTO

O Grupo Corpo é mais que uma companhia de dança; é uma expressão viva da cultura brasileira, que ao longo de quase 50 anos vem encantando plateias no Brasil e no exterior. Criada em 1975, em Belo Horizonte, Minas Gerais, pelo coreógrafo Rodrigo Pederneiras e seu irmão Paulo Pederneiras, a companhia desenvolveu um estilo único que mistura dança contemporânea com as raízes e tradições brasileiras. Cada uma de suas apresentações é uma viagem que mescla o popular com o erudito, o regional com o global.

O CORPO: A CELEBRAÇÃO DA MÁQUINA HUMANA

Quem for ao Teatro Ademir Rosa em outubro, poderá conferir a icônica coreografia “O Corpo”, que estreou em 2000, quando o Grupo Corpo celebrou seu 25º aniversário. Este balé, com trilha sonora do multiartista Arnaldo Antunes, é uma reflexão sobre o próprio corpo humano como máquina orgânica e perfeita. Imagine um palco em que as luzes piscam como em um painel eletrônico, e os bailarinos, vestidos com malhas pretas cheias de amarrações, se movimentam em uma cadência sincronizada com a batida tecno da música. Não parece algo que você precisa ver?

No desenrolar da coreografia, Antunes brinca com a sonoridade das palavras – “mão”, “umbigo”, “braço” – que vão perdendo seu sentido literal e ganhando um ritmo percussivo. A fusão de sons eletrônicos com tambores, guitarras e ruídos orgânicos cria uma atmosfera que é, ao mesmo tempo, visceral e futurista.

E a coreografia? Rodrigo Pederneiras criou movimentos secos, rápidos e intensos, como se os bailarinos fossem autômatos dentro de uma grande engrenagem. O contraste entre a pulsação tribal e as luzes vermelhas intensas projetadas no palco amplifica a sensação de estarmos diante de algo ancestral, mas que também aponta para o futuro. Se você é apaixonado por dança contemporânea, “O Corpo” é um espetáculo obrigatório!

BENGUELÊ: A FORÇA DA TRADIÇÃO BRASILEIRA EM CENA

Mas o que seria uma apresentação do Grupo Corpo sem o toque de brasilidade que tanto caracteriza a companhia? E é exatamente isso que “Benguelê”, a segunda coreografia do programa, traz de forma magistral. Criada em 1998 com música de João Bosco, essa obra explora a riqueza da cultura afro-brasileira, conectando o público às suas raízes e tradições.

O nome “Benguelê” vem de uma canção do Pixinguinha, eternizada pela voz de Clementina de Jesus. Mas não é só isso. A palavra remete à região de Benguela, em Angola, e ao sentimento de saudade que permeia a cultura dos descendentes de africanos escravizados no Brasil. João Bosco, com maestria, captura essa mistura de melancolia e celebração, criando uma trilha sonora que vai do lamento à festa.

No palco, os bailarinos do Grupo Corpo transformam essa trilha em movimento, explorando gestos que remetem às danças populares brasileiras, como o jongo, o coco e o maracatu. A coreografia de Rodrigo Pederneiras é cheia de energia, com movimentos frenéticos de pés, quadris e ombros que parecem contar histórias ancestrais. É uma verdadeira celebração da diversidade cultural do Brasil, com um toque de sofisticação que só o Grupo Corpo consegue trazer.

UMA EXPERIÊNCIA MULTISSENSORIAL

Assistir ao Grupo Corpo não é apenas uma experiência visual. É uma imersão completa nos sentidos. A música, assinada por dois dos maiores nomes da música brasileira – Arnaldo Antunes e João Bosco –, é um espetáculo à parte, e as cenografias de Paulo Pederneiras criam um universo paralelo no palco, onde luz e som interagem de forma mágica.

Em “O Corpo”, o cenário virtual com luzes vermelhas que piscam em diferentes intensidades faz um contraponto com a trilha eletrônica e tribal, criando uma sensação quase hipnótica. Já em “Benguelê”, o cenário em tons de breu e grafite remete às tradições afro-brasileiras, mas é nos figurinos brancos, sobrepostos de tecidos, que a festa realmente ganha cor. Ao final, a coroação do Rei do Congo é um verdadeiro apogeu de cores e alegria.

FLORIANÓPOLIS, UM PALCO PARA O MELHOR DA DANÇA BRASILEIRA

Florianópolis, conhecida por suas belas praias e natureza exuberante, também tem se destacado como um polo cultural importante. E receber o Grupo Corpo é mais uma prova do quanto a capital catarinense valoriza as artes. O Teatro Ademir Rosa, localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), é o espaço ideal para quem quer viver essa experiência cultural única.

Você já garantiu o seu ingresso? Se não, corra! As apresentações do Grupo Corpo são sempre muito concorridas, e essa curta temporada promete ser um dos eventos mais esperados do ano na cidade.

IMPACTO CULTURAL E A IMPORTÂNCIA DO GRUPO CORPO PARA O BRASIL

Mais do que entreter, o Grupo Corpo tem um papel fundamental na preservação e reinvenção das tradições culturais brasileiras. Ao longo de sua trajetória, a companhia se consolidou como um verdadeiro embaixador da cultura nacional, levando a dança contemporânea brasileira aos palcos de todo o mundo.

E não é à toa que o Grupo Corpo é patrocinado por grandes empresas, como o Instituto Cultural Vale, a Cemig e o Itaú Unibanco, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Esse apoio permite que a companhia continue inovando e criando obras que dialogam tanto com as nossas raízes quanto com o que há de mais moderno no cenário artístico mundial.

POR QUE VOCÊ NÃO PODE PERDER ESSE ESPETÁCULO?

Se você é de Florianópolis ou estará na cidade nos dias 4 e 5 de outubro, o convite está feito! Prepare-se para uma experiência única, onde cada movimento, cada som e cada luz te transportarão para um universo de emoções. As apresentações do Grupo Corpo são mais que simples espetáculos de dança; são manifestações culturais que nos fazem refletir sobre quem somos e de onde viemos.

Agora, me diga: você está pronto para embarcar nessa viagem sensorial com o Grupo Corpo em Floripa? Não perca essa oportunidade de vivenciar a arte em sua forma mais pura e transformadora!