Mulheres cineastas catarinenses se destacam no Festival de Cinema Ambiental de Garopaba
Eglê, da diretora Adriane Canan, é um dos 31 filmes que serão exibidos de graça na 3ª edição do FICA - Festival Internacional de Cinema Ambiental de Garopaba
Mulheres cineastas de SC vêm, cada vez mais, ganhando espaço e visibilidade em festivais de cinema ao redor do Brasil e do mundo. E o Festival Internacional de Cinema Ambiental de Garopaba (FICA) é um desses eventos que celebra o talento, a diversidade e o olhar feminino no audiovisual. Afinal, qual o papel dessas mulheres no cenário cultural? Como suas narrativas contribuem para o fortalecimento da nossa cultura?
De 4 a 9 de novembro, Garopaba abre suas portas para a 3ª edição do FICA, onde mulheres cineastas de SC se destacam com obras que trazem à tona histórias únicas e profundamente conectadas com as questões sociais e ambientais da nossa época.
Conteúdos
OS PRINCIPAIS DESTAQUES FEMININOS NO FICA GAROPABA
O FICA traz, nesta edição, a exibição gratuita de 31 filmes, entre os quais obras de grandes cineastas catarinenses. Entre os destaques, está o documentário “Eglê”, da diretora Adriane Canan, que homenageia Eglê Malheiros, uma das figuras mais relevantes da história do cinema em Santa Catarina.
O filme será exibido no dia 7 de novembro, na Praça Central de Garopaba, e promete ser um dos pontos altos do evento. A trajetória de Eglê, pioneira no cinema catarinense, e única mulher a integrar o histórico Grupo Sul, é um exemplo inspirador de resistência e inovação. Adriane comenta que o objetivo do documentário é “jogar luz sobre a história de Eglê Malheiros, uma mulher de vanguarda de Santa Catarina em várias áreas”.
Por meio de produções como essa, o FICA se transforma em um palco essencial para o reconhecimento de mulheres que marcaram e ainda marcam o audiovisual catarinense e brasileiro.
O Festival não é apenas um evento de exibição de filmes. Segundo a cineasta Adriane Canan, festivais como o FICA possibilitam uma conexão entre o público e o cinema produzido localmente e internacionalmente. “É um caminhar de políticas públicas de inclusão de públicos e realizadores”, ressalta.
O FICA também destaca a relevância do cinema como ferramenta de transformação social, promovendo o diálogo entre diferentes realidades e possibilitando que o público reflita sobre questões essenciais. Para Adriane, o cinema é um espaço de liberdade criativa e de resistência, que permite explorar narrativas únicas e autênticas.
O OLHAR DE SHEIDE MARA E O PODER DAS PLANTAS NO DOCUMENTÁRIO “PLANTADEIRA”
O documentário “Plantadeira” é outra obra que promete emocionar e provocar o público. Dirigido por Sheide Mara, o filme aborda a relação entre o cuidado com a terra e o bem-estar físico e emocional das pessoas.
Sheide, que vive em Garopaba desde 2018, acredita que a obra traz uma mensagem de valorização do meio ambiente e do poder terapêutico das plantas. “A importância das plantas em seus diversos usos é de grande valor, especialmente em tempos de crise climática. É essencial que valorizemos o cuidado com a terra e o poder das plantas para a cura do corpo, da mente e do espírito”, explica a diretora.
A história pessoal de Sheide, que inicialmente não tinha o cinema como foco, reflete a pluralidade do festival e a força das histórias que transcendem o audiovisual.
A CIDADE COMO CENÁRIO E INSPIRAÇÃO: “A ÚLTIMA PRIMAVERA” DE MICHELLY HADASSA
Outro filme que ganha destaque no FICA é “A Última Primavera”, dirigido por Michelly Hadassa. Totalmente produzido em Garopaba, o curta-metragem traz uma narrativa intensa, inspirada pela vida pessoal da diretora. Com um currículo extenso, Michelly conta que o roteiro do filme foi escrito após uma experiência de perda e transformações profundas.
Para Michelly, o cinema tem um poder de transformar vidas e de refletir a realidade de forma visceral. “Muitos são os filmes que nos tocam e nos trazem lições. Quando comecei a estudar Cinema, percebi que me identificava mais com filmes que mostrassem a minha realidade”, revela. “A Última Primavera” será exibido na Mostra Vozes Veladas, com obras catarinenses que representam o olhar diversificado do audiovisual do estado.
A REPRESENTATIVIDADE DE MULHERES NO CINEMA CATARINENSE
A presença de mulheres cineastas como Adriane Canan, Sheide Mara e Michelly Hadassa no FICA representa não apenas o talento, mas também a luta por representatividade no cinema. As diretoras enfrentam desafios constantes, desde a captação de recursos até o reconhecimento profissional, mas eventos como o FICA mostram que, cada vez mais, suas vozes encontram espaço.
A coordenadora do FICA, Cristovam Muniz Thiago, espera um público de mais de 2.300 pessoas ao longo dos dias de festival. Com ações gratuitas, o evento promove a inclusão e leva o cinema a praças e espaços culturais da região, ampliando o alcance das produções e celebrando a cultura e a natureza.
Para aqueles que desejam conhecer mais sobre o festival e sua programação, o perfil @fica.garopaba no Instagram traz atualizações e informações detalhadas sobre cada dia do evento.
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