Por que o low-code é o futuro da tecnologia para o mercado financeiro?
*Por Rui David, head de digital e responsável por impulsionar o pilar de tecnologia low-code na Mirante Tecnologia, especialista em fortalecer negócios acelerando a transformação digital e inovação através de soluções digitais e uma das principais parceiras da OutSystems nas Américas, atendendo empresas como Sicoob, Petrobras, Unimed, Serasa, Banco do Brasil e Wiz.
As instituições financeiras enfrentam um grande desafio na era de transformação digital que vivemos: continuar inovando rapidamente ao mesmo tempo em que mantêm segurança e eficiência em suas operações. Nesse cenário, a tecnologia low-code aparece como uma ferramenta revolucionária, permitindo que desenvolvedores colaborem de forma ágil na criação e implementação de aplicações complexas e escaláveis, que prometem ser o futuro do setor financeiro.
Conforme dados da Mordor Intelligence, neste ano, a previsão é que o mercado de plataformas de desenvolvimento de low-code atinja US$ 16,17 bilhões – até 2029, ele deverá chegar a US$ 62,15 bilhões, registrando uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de 30,90% durante o período. Os dados refletem a importância e as vantagens da tecnologia, definida como plataformas e ferramentas que permitem aos usuários criarem aplicativos utilizando a menor quantidade de código possível. Este processo reduz o tempo de desenvolvimento e permite que profissionais de diversas áreas participem do processo de criação de aplicativos e interfaces diferentes.
Velocidade na entrega de soluções complexas
O primeiro ponto que explica o porquê do low-code ser uma potente alternativa para o mercado financeiro é sua rapidez e segurança na implementação. Muitas vezes, as pessoas associam o fato que a tecnologia ser rápida corresponde a uma entrega simples, o que não é o caso. Não podemos pensar em levar uma velocidade alta ao processo, sem considerar todo o compliance e as obrigações financeiras que envolvem as instituições, como a inclusão de testes de escalabilidade e verificação contra vulnerabilidades.
Redução do impacto do déficit de mão de obra
No Brasil, segundo um estudo do Google for Startups , estima-se que haverá um déficit de 530 mil profissionais de TI previsto para 2025, os principais responsáveis por criarem as aplicações que as instituições utilizam. Uma das formas dessa lacuna ser preenchida é com uma solução que consiga entregar mais rápido, com menos complexidade e com mais robustez: o low-code. Além de trazer maior padronização na entrega, a tecnologia ajuda as empresas a sanar a carência de desenvolvedores com qualificações específicas, um gargalo hoje no setor de tecnologia.
Com o low-code, a camada de desenvolvimento das soluções é padronizada. Isso significa que a tecnologia assegura a entrega de uma solução robusta, em conformidade com os requisitos exigidos.
Segurança contra vulnerabilidades
Com o crescente número de ataques a instituições financeiras, fica cada vez mais difícil prevenir vulnerabilidades em soluções criadas internamente. O low-code vem para mudar este cenário: quando uma regra para fechar determinada fragilidade é criada, ela é replicada, o que diminui consideravelmente a possibilidade de erro humano. Como a aplicação é criada seguindo um padrão de desenvolvimento, todos os pontos em que a possível fraqueza poderia vir a aparecer são blindados desde o início.
Sem limitação de uso
Não existem limites para a criação de aplicações com low-code. A tecnologia pode ser utilizada em diversas áreas, tanto departamentalmente quanto em apps mobile e no core das empresas. Atualmente, um dos grandes exemplos de uso de low-code por clientes financeiros são os portais de clientes, por meio da captura de documentos, tratamento de informações, comunicação de sinistros, entre outros.
Evolução para a transformação digital
O low-code veio para fazer parte da evolução tecnológica. À medida em que as instituições precisam cada vez mais de soluções ágeis e seguras, o desenvolvimento de aplicações em low-code torna-se uma grande alternativa, fornecendo meios para que as empresas mantenham-se relevantes frente aos seus concorrentes.
Além disso, a digitalização do setor financeiro, e o aumento do uso de tecnologias por parte das instituições e da população, ajudou a alterar um panorama que era marcado pela baixa competição e pela dificuldade de acesso a serviços bancários. Agora, podemos perceber o quanto a inclusão financeira, ou seja, a igualdade de acesso a produtos e serviços financeiros, está cada vez maior, motivada pelo fácil acesso de ferramentas digitais que permitem a realização de transações financeiras básicas, como o Pix, levando a uma parcela maior da população os benefícios e facilidades de ter acesso aos bancos .
Nesse cenário, ao oferecer uma maior colaboração entre profissionais de TI e empresários, maior velocidade, segurança e com usos ilimitados, o low-code é considerado uma tecnologia essencial na transformação digital do setor financeiro.
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