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Com queda do desemprego para 6,9%, taxa atinge menor nível em uma década

queda do desemprego
Queda do desemprego para 6,9% Foto:Wilson Dias ABR

Você sabia houve uma queda do desemprego para 6,9% no Brasil? Esse é o menor índice registrado em um trimestre desde 2014! Essa notícia, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), traz uma série de implicações importantes para o mercado de trabalho e a economia brasileira. Vamos entender juntos o que está por trás desses números e o que eles significam para nós?

O QUE DIZ A PESQUISA DO IBGE

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua revelou que a taxa de desemprego no trimestre encerrado em junho caiu para 6,9%. Esse resultado não só é o menor para um trimestre desde o final de janeiro de 2015, como também iguala o recorde histórico de 2014. Em comparação com o trimestre móvel anterior, fechado em março, quando a taxa era de 7,9%, a queda é significativa. Isso demonstra uma recuperação robusta do mercado de trabalho, especialmente considerando que no auge da pandemia de COVID-19, em março de 2021, a taxa de desemprego chegou a 14,9%.

COMPARAÇÃO COM ANOS ANTERIORES

Quando analisamos o segundo trimestre de 2023, onde o desemprego estava em 8%, percebemos que houve uma melhoria considerável. O número de pessoas procurando trabalho caiu para 7,5 milhões, o menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, representando uma queda de 12,5% em relação ao trimestre anterior e 12,8% em comparação com o mesmo período do ano passado.

QUEDA DO DESEMPREGO: MAIS BRASILEIROS OCUPADOS

A população ocupada atingiu um novo recorde de 101,8 milhões de pessoas. Esse número é 1,6% maior que o do trimestre anterior e 3% superior ao do mesmo período do ano passado. A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que “as três atividades com alta da ocupação foram o comércio, a administração pública e as atividades de informação e comunicação”.

AQUECIMENTO ECONÔMICO E MAIS EMPREGOS

Segundo Beringuy, o aumento do emprego é reflexo da melhoria do quadro geral das atividades econômicas e do crescimento da renda e da população. Empresas e instituições estão respondendo a esse aquecimento econômico, demandando mais trabalhadores para a produção de bens e serviços. Ela afirma que “é um mercado de trabalho que vem respondendo satisfatoriamente à melhoria do quadro macroeconômico, seja com crescimento do contingente de ocupados, como também a aspectos relacionados à melhor qualidade, mais emprego com carteira e tendência do crescimento do rendimento médio dos trabalhadores”.

EMPREGOS FORMAIS E INFORMAIS

Outro ponto importante é o aumento do número de empregados no setor privado, que atingiu 52,2 milhões, com novos recordes de trabalhadores com carteira assinada (38,4 milhões) e sem carteira (13,8 milhões). Beringuy ressalta que “o emprego com carteira no setor privado não está deixando de crescer em função do aumento do sem carteira. Há expansão simultânea de formalizados e não formalizados”.

A taxa de informalidade, que inclui empregados sem carteira assinada, empregadores sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares, ficou em 38,6% do total de ocupados, contra 38,9% no trimestre encerrado em março e 39,2% no mesmo trimestre de 2023.

CONTRIBUIÇÕES PARA A PREVIDÊNCIA

Um recorde importante também foi registrado no número de trabalhadores que contribuíram para a previdência, com cerca de 66,4 milhões de pessoas, representando 65,2% da população ocupada. Embora esse número absoluto seja um recorde, a proporção de contribuintes ainda está abaixo do ponto máximo da série, que foi 66,5% no segundo trimestre de 2020.

POPULAÇÃO DESALENTADA

A população desalentada, ou seja, aquelas pessoas que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não encontrarão, recuou para 3,3 milhões no trimestre encerrado em junho. Isso representa uma redução de 9,6% no trimestre, sendo o menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões).

RENDIMENTO MÉDIO DO TRABALHADOR

No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio do trabalhador foi de R$ 3.214, com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual. Esse é o maior rendimento desde o período de três meses encerrado em setembro de 2020. Com mais gente ocupada e aumento do rendimento médio, o Brasil teve no segundo trimestre de 2024 um recorde da massa de rendimentos, que chegou a R$ 322,6 bilhões. Esse é o total de dinheiro que os trabalhadores recebem para movimentar a economia com consumo e poupança.

COMO FUNCIONA A PESQUISA DO IBGE

A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal, garantindo um panorama abrangente e detalhado do mercado de trabalho brasileiro.

DADOS DO CAGED

A divulgação do IBGE aconteceu um dia depois de serem conhecidos os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), compilado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Diferentemente da Pnad, o Caged traz dados apenas de emprego com carteira assinada.

O Brasil fechou o mês de junho com saldo positivo de 201.705 empregos, o que representa uma expansão de 29,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. O resultado decorreu de 2.071.649 admissões e de 1.869.944 desligamentos. No acumulado do ano até junho, o saldo é de 1,3 milhão de vagas e, nos últimos 12 meses, 1,7 milhão.

O QUE ESSES NÚMEROS SIGNIFICAM PARA VOCÊ?

Você já parou para pensar como essa queda na taxa de desemprego pode afetar a sua vida e a economia do país? Com mais pessoas empregadas, a economia tende a crescer, o que pode significar mais oportunidades de emprego, melhores salários e um ambiente econômico mais estável. Além disso, o aumento da renda média e o recorde na massa de rendimentos podem impulsionar o consumo e a poupança, gerando um ciclo virtuoso de crescimento econômico.

REFLEXÕES FINAIS

Esses números refletem um cenário positivo para o mercado de trabalho no Brasil, indicando uma recuperação robusta e sustentada. No entanto, é importante continuar acompanhando esses indicadores e as políticas econômicas que influenciam o emprego e a renda no país. Afinal, um mercado de trabalho saudável é fundamental para o desenvolvimento econômico e social.


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