Terapeutas da Alegria na UFSC: projeto promove o bem-estar Hospitalar

No último dia 2 de agosto, o Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), recebeu uma visita que trouxe não só alegria, mas um alívio palpável para os pacientes. Os Terapeutas da Alegria, um projeto inovador da UFSC, entraram em cena com um propósito claro: promover o bem-estar dos pacientes internados através da arte e de ações culturais. Mas o que exatamente envolve o trabalho desses profissionais e como eles impactam a experiência hospitalar?

QUEM SÃO OS TERAPEUTAS DA ALEGRIA?

Os Terapeutas da Alegria são uma equipe de voluntários dedicados que atuam em hospitais para criar momentos de descontração e alegria, fundamentais para o processo de recuperação dos pacientes. Este projeto é uma iniciativa da UFSC que visa transformar a atmosfera dos ambientes hospitalares por meio de intervenções artísticas e culturais. Em vez de focar apenas na doença, os terapeutas utilizam a arte como uma ferramenta para melhorar o humor e o estado emocional dos pacientes e de suas famílias.

A importância deste projeto vai além do simples entretenimento. “Nosso objetivo é mediar a interação entre usuários, familiares e profissionais em ambientes hospitalares”, explica Isabela Oliveira, uma das integrantes mais antigas do projeto. Com 15 anos de dedicação, Isabela compartilha a profundidade do comprometimento necessário para ser um terapeuta da alegria: “Recebemos apoio do Núcleo de Humanização, Arte e Saúde (Nuhas) da UFSC, que nos prepara para atuar de maneira eficaz e acolhedora.”

COMO A PRESENÇA DOS TERAPEUTAS DA ALEGRIA NA UFSC IMPACTA O AMBIENTE HOSPITALAR?

A presença dos Terapeutas da Alegria tem um efeito visível e significativo sobre os pacientes. De acordo com a médica hematologista do HU-UFSC, Elisa Araújo Beteille, a interação com os terapeutas provoca uma mudança positiva no estado emocional dos pacientes. “O fato de eles ficarem felizes reflete no tratamento. Eles mudam o semblante. É o combustível que eles precisam para continuar o tratamento, tirando o foco da doença durante aquele momento.”

A mudança não afeta apenas os pacientes. A energia trazida pelos terapeutas também revitaliza a equipe médica e os familiares. “Momentos como este são muito benéficos para todos no hospital”, destaca Elisa. “A dinâmica da enfermaria muda; a equipe e os familiares acabam se envolvendo, e todos acabam ganhando com a energia renovada que esses encontros proporcionam.”

O IMPACTO DOS TERAPEUTAS DA ALEGRIA NO TRATAMENTO HOSPITALAR

Você já parou para pensar como um sorriso ou uma risada pode influenciar a recuperação de alguém? Estudos mostram que o bem-estar emocional está intimamente ligado à recuperação física. Por isso, a presença dos Terapeutas da Alegria é mais do que um simples divertimento. Ela contribui diretamente para a saúde mental e emocional dos pacientes, o que pode resultar em melhorias nos resultados do tratamento.

Em um ambiente hospitalar, muitas vezes marcado pelo estresse e pela preocupação, essas intervenções culturais funcionam como uma válvula de escape. Elas proporcionam momentos de leveza e descontração que são essenciais para o equilíbrio emocional dos pacientes e seus familiares.

COMO FUNCIONA O PROJETO DOS TERAPEUTAS DA ALEGRIA?

Os Terapeutas da Alegria passam por um treinamento intensivo oferecido pelo Nuhas da UFSC. Este treinamento inclui aspectos técnicos e emocionais necessários para lidar com diferentes perfis de pacientes e situações. Eles aprendem a identificar as necessidades emocionais dos pacientes e a adaptar suas intervenções de forma sensível e eficaz.

O trabalho não se limita a apresentações e atividades. Os terapeutas se envolvem diretamente com os pacientes, escutando suas histórias, compartilhando momentos de alegria e criando uma atmosfera mais humanizada dentro do hospital.

A RELEVÂNCIA DO PROJETO PARA A REDE EBSERH

O HU-UFSC integra a Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) desde março de 2016. A Ebserh, vinculada ao Ministério da Educação (MEC), administra 45 hospitais universitários federais no Brasil. Estes hospitais, além de oferecerem atendimento de qualidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desempenham um papel crucial na formação de profissionais de saúde e na condução de pesquisas e inovações.

O trabalho dos Terapeutas da Alegria está alinhado com a missão da Ebserh de promover um atendimento de excelência que considera não só o tratamento médico, mas também o bem-estar geral dos pacientes. Projetos como este são fundamentais para transformar o atendimento hospitalar em uma experiência mais completa e humanizada.

O FUTURO DOS TERAPEUTAS DA ALEGRIA

O sucesso do projeto Terapeutas da Alegria abre portas para a expansão de iniciativas similares em outros hospitais e instituições de saúde. Com a crescente evidência dos benefícios das intervenções culturais e artísticas na saúde mental, é possível que mais instituições adotem práticas semelhantes para complementar o tratamento convencional.

Além disso, o projeto serve como um modelo para outras iniciativas de humanização no atendimento hospitalar. O engajamento e a dedicação dos terapeutas mostram que a empatia e a criatividade são componentes essenciais para uma abordagem holística da saúde.

COMO CONTRIBUIR

A atuação dos Terapeutas da Alegria no HU-UFSC demonstra que a arte e a cultura podem ser poderosas aliadas na promoção do bem-estar e na melhoria da experiência hospitalar. Com um impacto positivo visível tanto nos pacientes quanto na equipe médica e familiares, o projeto é um exemplo inspirador de como a humanização pode transformar ambientes de saúde.

Se você está interessado em saber mais sobre este projeto transformador ou deseja se envolver, entre em contato com o Núcleo de Humanização, Arte e Saúde da UFSC e descubra como você também pode contribuir para essa causa nobre.

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