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TAC reabre com peça teatral “Florbela Espanca”
18 Março
SINOPSE
O espetáculo coloca em cena o espírito da poetisa portuguesa Florbela Espanca, que desperta de seu sono eterno para lutar pela honra de sua obra e pela memória que foi brutalmente perseguida durante sua vida. Na primeira metade do século XX, Florbela foi alvo de uma implacável campanha de difamação, conduzida pela Igreja Católica e pela ditadura salazarista.
O público é conduzido por um caminho cheio de sofrimentos e injustiças, acompanhando a poetisa que revisita seu passado e enfrenta aqueles que a condenaram. Mesmo após sua morte, a luta pela preservação de seu legado e dignidade continua. Será que a história realmente pode ser apagada ou será que a verdade e a poesia sempre encontrarão uma maneira de emergir?
O MONÓLOGO QUE DÁ VIDA A FLORBELA ESPANCA
A atriz Diana Adada Padilha interpreta Florbela Espanca em um monólogo carregado de emoção e intensidade. Em cena, ela dá corpo e voz a uma mulher que, após sua morte, se recusa a deixar sua história e sua obra serem apagadas. A dramaturgia inédita, criada especialmente para este espetáculo, mergulha nas dores e conquistas de uma poetisa que foi, durante sua vida, sistematicamente silenciada. Florbela não apenas questionava a sociedade de seu tempo, mas também enfrentava as adversidades impostas por um mundo dominado por vozes masculinas.
UM TEATRO DE MÁGOAS E DENÚNCIAS
Sob a direção sensível de Sulanger Bavaresco, “Florbela Espanca” é descrita como um “Teatro de Mágoas”, uma obra que denuncia a dor e a injustiça vivida pela poetisa ao longo de sua existência. Seu trabalho foi duramente perseguido, seja pela Igreja Católica ou pela ditadura salazarista. Uma mulher ousada, que abordou temas como amor, erotização, angústia e sofrimento, e que se viu constantemente refém de um sistema que tentava deslegitimar sua obra e apagá-la da história. Este espetáculo não é apenas um resgate do passado; ele nos força a olhar para o presente e refletir sobre a importância da expressão feminina em todas as suas formas. Florbela Espanca continua atual, vibrante e necessária. Afinal, qual é o lugar da mulher na arte e na história?
O GRUPO O DROMEDÁRIO LOQUAZ
O Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz é uma das companhias mais importantes de Florianópolis, com 44 anos de história e um legado artístico que ultrapassa as fronteiras do tempo. Fundado pelos visionários Ademir Rosa (1948-1997) e Isnard Azevedo (1950-1991), o grupo continua sua trajetória com uma equipe de 20 integrantes, composta por atores, músicos, técnicos e cantores. Em sua vasta trajetória, o grupo já realizou mais de 40 espetáculos e ações cênicas, marcando a cena cultural brasileira.
Ao longo dos anos, o Dromedário Loquaz se reinventa constantemente, trazendo novos talentos e formando parcerias que asseguram seu fôlego para seguir resistindo e acreditando no poder transformador da arte. Como uma companhia que celebra tanto seu passado quanto seu futuro, o grupo busca constantemente um mundo melhor por meio da experiência e vivência artística. É com essa visão renovada que “Florbela Espanca” chega aos palcos, para nos lembrar da força imensurável da mulher e do legado daqueles que, como Florbela, se recusam a ser esquecidos.
A apresentação acontecerá no 18 de março, às 20h, no Teatro Álvaro de Carvalho, em Florianópolis.
Ingressos via Sympla, clicando aqui.
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