Parceria do Ministério das Mulheres com a UFSC visa avançar no entendimento sobre a participação das mulheres na política
No cenário político da América Latina e Caribe, as mulheres enfrentam desafios significativos para alcançar espaços de poder e decisão. Diante desse panorama, o Ministério das Mulheres, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), embarca em uma iniciativa crucial: a pesquisa sobre a violência política de gênero e paridade na região.
UMA PARCERIA ESTRATÉGICA
Com um investimento de aproximadamente R$ 200 mil, essa parceria visa analisar os mecanismos que promovem a participação das mulheres na esfera política. Além disso, o projeto pretende identificar as políticas de enfrentamento à violência de gênero, raça e etnia nos países latino-americanos e caribenhos.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destaca a importância de compreender a misoginia presente na política. Ela ressalta que as mulheres enfrentam diversos tipos de violência simplesmente por serem mulheres, o que inclui perseguições, discurso de ódio, ameaças de morte e feminicídios. O objetivo principal da pesquisa é identificar esses mecanismos para desenvolver políticas mais eficazes de prevenção e enfrentamento.
AÇÕES E OBJETIVOS
Durante a parceria, estão previstas diversas ações, incluindo o levantamento de dados e o georreferenciamento da atuação das mulheres nos territórios durante as eleições. Isso permitirá a construção do perfil das eleitas nos parlamentos e a elaboração de um relatório descritivo que mapeie esses dados com enfoque na interseccionalidade de gênero, raça e etnia.
A pesquisa também visa identificar incidências e padrões da violência política de gênero, proporcionando a elaboração de um Guia Orientador para mulheres latino-americanas e caribenhas. Esse guia fornecerá informações sobre como enfrentar essa questão e contribuir para a produção de políticas públicas que ampliem a atuação das parlamentares na região.
CONTRIBUIÇÃO PARA A IGUALDADE DE GÊNERO
Essa iniciativa desempenha um papel crucial na superação da sub-representação das mulheres na política. A adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável em 2015 estabeleceu objetivos claros para acabar com todas as formas de discriminação contra mulheres e meninas em todo o mundo. Com 193 Estados Membros das Nações Unidas comprometidos com a igualdade de gênero, essa pesquisa é um passo fundamental rumo à inclusão e empoderamento das mulheres na política.
Fonte: Central de Conteúdos Ministério das Mulheres Gov.br