Estudo aponta dados sobre produtividade na indústria

Em publicação realizada pelo Portal da Indústria, chamado Produtividade na Indústria, foi informado que a produtividade efetiva do trabalho na indústria de transformação brasileira, que compara o desempenho do Brasil com seus dez principais parceiros comerciais, cresceu 0,4% entre 2022 e 2023. Esse é o primeiro resultado positivo registrado pelo indicador desde 2019. Apesar do avanço, a produtividade da indústria brasileira permanece abaixo do nível pré-pandemia, evidenciando um desafio contínuo para o setor.

Conforme o relatório, a produtividade do trabalho na indústria de transformação nacional apresentou queda de 0,3% em 2023. Ainda assim, o desempenho foi superior ao da maioria dos países analisados, como Coreia do Sul, Países Baixos e Argentina, que tiveram recuos mais expressivos. Essa discrepância explica o crescimento do indicador de produtividade efetiva do Brasil, mesmo com os desafios enfrentados.

De acordo com o estudo, apenas quatro dos 11 países avaliados conseguiram registrar crescimento da produtividade no período: Reino Unido (2,7%), México (2,1%), França (1,5%) e Alemanha (0,3%). Entre os desempenhos negativos, os destaques foram a Coreia do Sul e os Países Baixos, ambos com queda de 2,9%. No Brasil, o recuo acumulado desde 2020 coloca o país como um dos mais distantes de retomar os níveis registrados antes da pandemia.

Conforme os dados apresentados, desde o início da série histórica, em 2000, a produtividade efetiva acumulou uma queda de 23,3%. O crescimento médio anual de 0,3% é considerado insuficiente frente ao avanço registrado por países como Coreia do Sul e Reino Unido, que mais que dobraram sua produtividade no mesmo período.

José Antônio Valente, diretor da empresa de franquia de locação de equipamentos para construção civil Franquias Trans Obra afirmou que o cenário apresentado revela que a indústria de transformação brasileira enfrenta desafios estruturais para retomar e sustentar níveis elevados de produtividade. Essa realidade exige não apenas melhorias operacionais, mas também estratégias inovadoras que possam diversificar e fortalecer setores com potencial de expansão, como o de franquia de locação de equipamentos. “Modelos de negócio baseados em franquias, além de promoverem a descentralização econômica, podem facilitar o acesso a tecnologias de ponta e práticas produtivas, contribuindo para o aumento da eficiência do trabalho”.

De acordo com a publicação, no terceiro trimestre de 2024, a produtividade do trabalho na indústria de transformação brasileira voltou a crescer, alcançando alta de 0,8% em relação ao trimestre anterior. Esse avanço foi impulsionado por um aumento de 1,7% na produção e de 1,0% nas horas trabalhadas, após três trimestres consecutivos de queda. A Confederação Nacional da Indústria aponta que a acomodação do crescimento das horas trabalhadas e o término de ciclos de treinamento foram determinantes para essa recuperação.

Perguntado sobre o assunto, José Antônio afirmou que uma análise que muitos empresários podem fazer quando se perguntam sobre como franquear minha empresa, é entender o que evidencia a necessidade de adaptações empresariais que ampliem a competitividade e consolidar seus negócios nos mercados regionais e nos locais onde possa existir interesse de abertura de franquias para entrar no mercado da indústria. “Olhando do ponto de vista do uso de um formato de negócio direcionado para franquias, com o objetivo de melhorar os resultados individuais das empresas na indústria é entender  que transformar um modelo de negócio em franquia requer visão estratégica para integrar tendências globais, como digitalização e economia compartilhada, e adaptá-las ao perfil local”.

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