A saúde pública nas eleições de 2024 é um dos temas abordados pelo TSE uma série de matérias sobre democracia. Neste momento, eleitores de todo o país se preparam para escolher aqueles que estarão à frente da gestão municipal. O que eles esperam dos futuros gestores e legisladores? Como a democracia e as eleições podem contribuir para atender essas expectativas? Vamos explorar essas questões e entender como o processo democrático se entrelaça com a saúde pública.
Conteúdos
SAÚDE É DEMOCRACIA
Desde o processo de redemocratização no Brasil, a ideia de que “democracia é saúde” tem ganhado força. Em 1986, o sanitarista Sergio Arouca, durante a 8ª Conferência Nacional em Saúde, expandiu a definição de saúde, indo além da ausência de doenças. Ele afirmou:
“É um bem-estar social que pode significar que as pessoas tenham mais alguma coisa do que simplesmente não estar doentes: que tenham direito à casa, ao trabalho, ao salário digno, à água, à vestimenta, à educação, às informações sobre como dominar o mundo e transformá-lo.”
Essa visão está profundamente ligada ao conceito de democracia, que é vista como essencial para a melhoria da saúde e da qualidade de vida da população.
O PAPEL DO PROCESSO ELEITORAL
A eleição é um dos principais instrumentos que a população possui para reivindicar melhores condições de saúde. Marcela Machado, doutora em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB), destaca a importância do voto:
“É por meio do processo eleitoral que a população tem a oportunidade de escolher pessoas comprometidas com a melhoria do sistema de saúde do município e que são capazes de executar políticas eficazes, plausíveis de serem implementadas.”
O QUE O ELEITORADO QUER QUANDO PENSA EM SAÚDE PÚBLICA NAS ELEIÇÕES DE 2024
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos em abril deste ano revela que a saúde é a principal preocupação dos brasileiros. Segundo o estudo “What Worries the World?”, 42% dos entrevistados consideram a saúde sua maior apreensão, superando temas como segurança e educação.
Para Diego Gomez, editor de vídeo e residente em Natal (RN), os futuros gestores precisam fornecer a infraestrutura e o pessoal necessário para atender às necessidades da população. Ele enfatiza a importância de reformar e equipar os hospitais já existentes e capacitar os profissionais de saúde para um atendimento mais humanizado.
Monique Sales, psicóloga em São Luís (MA), espera comprometimento dos eleitos com a valorização dos profissionais de saúde e uma gestão mais eficaz na área. Ela acredita que essas são as raízes de muitos problemas enfrentados na saúde pública.
O QUE ESPERAR DAS ELEITAS E DOS ELEITOS
Para que a democracia traga as melhorias desejadas no atendimento à saúde, é crucial entender os papéis dos eleitos. Marcela Machado explica que os prefeitos são responsáveis pela implementação de políticas de saúde e pela administração dos recursos destinados à área, incluindo os recursos descentralizados. Eles devem garantir o bom funcionamento dos serviços de atenção básica, como postos de saúde e unidades de saúde da família.
Os vereadores, por sua vez, têm funções legislativas e fiscalizadoras. Eles elaboram e aprovam leis que buscam melhorar o sistema de saúde local e fiscalizam as ações do prefeito, especialmente a aplicação dos recursos públicos.
“É também papel dos vereadores garantir que esses recursos sejam utilizados de maneira adequada e eficiente, atendendo às necessidades da municipalidade,” acrescenta Marcela.
A série de reportagens “O que o eleitor quer quando pensa em democracia?”, publicada pela Secretaria de Comunicação e Multimídia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), busca ressaltar a importância do processo democrático no debate de ideias e propostas que afetam a saúde pública. O objetivo é mostrar como o voto pode aprimorar as perspectivas do município onde os eleitores vivem. E você o que quer para a saúde pública nas eleições de 2024?
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