A safra de inverno em Santa Catarina para 2024/2025 está em pleno andamento, e as condições das lavouras são bastante promissoras. Com o plantio de trigo e alho já concluído, e a cebola em estágio avançado, o panorama é positivo, especialmente após os desafios enfrentados na safra anterior. Vamos explorar como está o cenário atual para essas culturas e outras, analisando as perspectivas e o impacto no mercado.
Conteúdos
- TRIGO: PROGRESSO E EXPECTATIVAS
- ALHO: MENOR ÁREA, BOAS CONDIÇÕES
- CEBOLA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
- MAÇÃ: VARIAÇÕES NO MERCADO
- ARROZ: DESAFIOS NO MERCADO
- FEIJÃO: FLUTUAÇÕES NO PREÇO
- MILHO: REDUÇÃO E PERSPECTIVAS
- SOJA: PRODUÇÃO E PREÇOS
- BOVINOS: TENDÊNCIAS NO MERCADO
- FRANGOS: RESULTADOS EXCEPCIONAIS
- SUÍNOS: RECORDES HISTÓRICOS
- LEITE: TENDÊNCIAS E DESAFIOS
- O QUE ISSO SIGNIFICA?
TRIGO: PROGRESSO E EXPECTATIVAS
O trigo é uma das culturas fundamentais para a safra de inverno em Santa Catarina. A semeadura foi finalizada, e a área plantada foi reduzida em 12,43% em comparação com a safra anterior. No entanto, a produtividade está projetada para aumentar significativamente. A estimativa é de uma produtividade média de quase 3,6 mil quilos por hectare, um aumento impressionante de 60,69% em relação à safra de 2023/2024. A condição das lavouras é excelente, com 97% das áreas avaliadas apresentando boas condições.
Conforme relatado pelo analista João Alves da Epagri/Cepa, os preços médios do trigo ficaram estáveis em julho, mas houve uma ligeira queda de 0,48% na comparação com os primeiros dias de agosto. Isso reflete a oscilação normal no mercado, influenciada por diversos fatores econômicos e climáticos.
ALHO: MENOR ÁREA, BOAS CONDIÇÕES
Para a safra 2024/2025, Santa Catarina plantou cerca de 656 hectares de alho, uma redução de aproximadamente 34% em relação ao ano passado. Apesar dessa redução na área plantada, as condições das lavouras são positivas. O analista Jurandi Gugel observa que a safra anterior de alho foi concluída em junho, com uma redução de 30% no preço médio pago aos produtores.
No mercado atacadista, os preços do alho também caíram, impulsionados pela entrada de alho do centro do país. Na Ceagesp, o alho classe 5 foi comercializado a R$23,79 por quilo, uma queda de 14,36% em relação ao início de junho. As importações de alho aumentaram 29,4% no primeiro semestre de 2024, refletindo uma demanda crescente e uma oferta interna limitada.
CEBOLA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
Para a cebola, a safra 2024/2025 está em andamento com uma estimativa de 17,37 mil hectares plantados, uma redução de quase 6% em relação ao ano anterior. Até o início de agosto, cerca de 59% da área prevista já estava plantada, e as condições das lavouras são consideradas boas.
O preço médio da cebola caiu em julho, com uma redução de 40% em relação ao mês anterior. Essa queda é atribuída ao aumento da oferta interna, devido à intensificação da comercialização da cebola do centro do país. Na Ceagesp, a cebola-nacional média caiu 17,41% em relação ao início de junho. As importações de cebola superaram 252 mil toneladas no primeiro semestre de 2024, o maior volume dos últimos anos.
MAÇÃ: VARIAÇÕES NO MERCADO
A produção de maçã em Santa Catarina e no Brasil sofreu variações no primeiro semestre de 2024 devido a fatores climáticos e de oferta. No atacado catarinense, houve uma leve desvalorização nos preços das maçãs Gala e Fuji entre junho e julho, embora ainda haja um aumento significativo em comparação com julho de 2023.
A produção catarinense caiu 23,7% em relação à safra anterior, afetada por uma menor produtividade e área colhida. As importações de maçã, principalmente do Chile, aumentaram devido à menor produção interna, refletindo a alta demanda por variedades específicas.
ARROZ: DESAFIOS NO MERCADO
A safra de arroz 2023/24 foi concluída, e os preços continuaram a tendência de baixa observada desde junho, em função da maior oferta interna. As exportações catarinenses de arroz totalizaram US$1,94 milhão no primeiro semestre de 2024. No entanto, as importações cresceram 76,04% no mesmo período, impulsionadas pela demanda interna e preços internacionais competitivos.
FEIJÃO: FLUTUAÇÕES NO PREÇO
Atualmente, estamos no período de entressafra do feijão. Em julho, os preços médios do feijão-carioca e feijão-preto apresentaram valorização em relação ao mês anterior. No entanto, os preços dos primeiros dias de agosto mostraram uma pequena redução. O mercado atacadista está sendo abastecido por feijão proveniente de Minas Gerais e Paraná, com possíveis quedas nas importações devido ao volume expressivo da segunda safra.
MILHO: REDUÇÃO E PERSPECTIVAS
A safra de milho 2023/24 registrou uma redução de 24,6% na produção total. Em 2024/25, há indícios de nova redução na área plantada, com dados mais detalhados a serem divulgados no próximo boletim. Os preços do milho mostraram uma predominância de fatores negativos em julho, mas há sinais de elevação nos primeiros dias de agosto, impulsionados pelo aumento das exportações.
SOJA: PRODUÇÃO E PREÇOS
A produção de soja para a safra 2023/24 em Santa Catarina foi de 2,75 milhões de toneladas, uma redução de 8,2% em relação ao ano anterior. Apesar dos problemas climáticos, a área da primeira safra foi ampliada, evitando uma redução mais acentuada. Os preços da soja apresentaram uma leve queda em julho, com uma redução de 0,7% em relação ao mês anterior.
BOVINOS: TENDÊNCIAS NO MERCADO
Em agosto, o preço médio da arroba do boi gordo teve uma alta de 0,3% em relação ao mês anterior, mas uma queda de 8,8% em comparação com agosto de 2023. Os preços de atacado da carne bovina apresentaram uma variação positiva. A produção de bovinos em Santa Catarina aumentou 7,1% no primeiro semestre de 2024 em relação ao ano anterior.
FRANGOS: RESULTADOS EXCEPCIONAIS
Santa Catarina exportou 103,2 mil toneladas de carne de frango em julho, um aumento significativo em relação ao mês anterior e ao mesmo período de 2023. As receitas também cresceram, refletindo um aumento na demanda internacional. No acumulado de janeiro a julho, as exportações totais foram de 666,6 mil toneladas, com receitas de US$1,28 bilhão.
SUÍNOS: RECORDES HISTÓRICOS
Em julho, Santa Catarina alcançou recordes históricos na exportação de carne suína, com 72,8 mil toneladas exportadas e receitas de US$174,9 milhões. Esses resultados são os melhores da série histórica. No acumulado do ano, o estado exportou 404,2 mil toneladas, com receitas de US$918,5 milhões.
LEITE: TENDÊNCIAS E DESAFIOS
O mercado de leite apresentou uma leve alta na produção nacional, com importações crescendo significativamente em julho. As importações de leite alcançaram 244 milhões de litros, o segundo maior volume registrado. Em agosto, o preço médio pago aos produtores catarinenses caiu pela primeira vez em 2024, embora ainda esteja superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.
O QUE ISSO SIGNIFICA?
A safra de inverno em Santa Catarina para 2024/2025 apresenta uma série de desafios e oportunidades para os produtores locais. Com boas condições para o trigo, alho e cebola, e variações nos preços de outras culturas, o cenário é dinâmico e promissor. A análise dos dados e tendências mostra um mercado agrícola adaptável e resiliente, pronto para enfrentar as demandas e flutuações do setor.
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