Bikes compartilhadas apresentam-se como alternativa sustentável para melhorar a mobilidade nas cidades

Bikes compartilhadas apresentam-se como alternativa sustentável para melhorar a mobilidade nas cidades

Você já se perguntou como as cidades brasileiras estão se adaptando para enfrentar os desafios da mobilidade urbana?

Um dos grandes aliados nessa transformação são as bikes compartilhadas, que têm conquistado cada vez mais adeptos, principalmente em metrópoles como Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis. Mas afinal, o que torna esse modelo de transporte tão eficiente e sustentável?

A busca por soluções que combinem praticidade, economia e um impacto ambiental reduzido tem ganhado força em diversas partes do mundo, e o Brasil não fica para trás. Com iniciativas como o projeto Bike Estácio, criado em parceria com a Tembici e prefeituras municipais, é possível ver como a mobilidade urbana pode se reinventar, oferecendo benefícios para o meio ambiente, saúde e, claro, para o trânsito das grandes cidades.

O QUE SÃO AS BIKES COMPARTILHADAS?

As bikes compartilhadas são sistemas de aluguel de bicicletas que podem ser utilizados por qualquer pessoa. A ideia é simples: o usuário aluga uma bicicleta por um determinado período e a devolve em uma das várias estações espalhadas pela cidade. Esse conceito, que já é bastante difundido em países da Europa e da Ásia, tem se popularizado no Brasil, com diversas cidades aderindo ao modelo.

Ao contrário de outros modais de transporte, como carros ou motos, as bicicletas são uma alternativa sustentável. Além de não emitirem poluentes, ocupam menos espaço nas vias públicas, contribuem para a redução dos engarrafamentos e proporcionam uma maneira saudável de se deslocar pela cidade.

BIKE ESTÁCIO: UM MODELO DE SUCESSO

Lançado em 2023, o Bike Estácio é um exemplo de sucesso no que diz respeito à implementação de sistemas de bikes compartilhadas no Brasil. A iniciativa já impactou positivamente cidades como Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis, promovendo uma verdadeira revolução no trânsito e na qualidade de vida da população.

Com mais de 1,8 milhão de deslocamentos realizados e 4,5 milhões de quilômetros percorridos, o projeto trouxe uma série de benefícios, tanto para os usuários quanto para o meio ambiente. O uso das bicicletas compartilhadas no lugar dos automóveis ajudou a evitar a emissão de 327 toneladas de CO₂, o equivalente à preservação de cerca de 2.290 árvores.

Esses números refletem o impacto positivo das bicicletas na mobilidade urbana, mas os benefícios vão além. Uma pesquisa realizada pela Tembici, empresa responsável pela operação das bikes, mostrou que 85% dos usuários do Bike Estácio costumavam utilizar veículos motorizados antes de aderirem às bicicletas. Ou seja, sem o projeto, muitos desses deslocamentos continuariam a ser feitos com carros ou motos, o que intensificaria os problemas de poluição e congestionamento.

IMPACTOS AMBIENTAIS E SAÚDE

Quando pensamos em soluções para a mobilidade urbana, a sustentabilidade é sempre um fator chave. Afinal, como é possível reduzir os impactos ambientais ao mesmo tempo em que oferecemos uma opção viável e atrativa para a população? A resposta pode estar nas bikes compartilhadas.

Ao substituir os automóveis por bicicletas, reduzimos consideravelmente a emissão de gases poluentes, como o CO₂. No caso do projeto Bike Estácio, a troca por bicicletas já evitou a emissão de centenas de toneladas de dióxido de carbono, contribuindo diretamente para a melhoria da qualidade do ar nas cidades onde o sistema foi implementado.

Mas os benefícios não param por aí. O uso das bikes também está diretamente relacionado à melhoria da saúde e do bem-estar dos usuários. Segundo a pesquisa da Tembici, 93% dos ciclistas valorizam a possibilidade de aliar mobilidade e saúde, utilizando as bicicletas como uma forma de praticar exercícios físicos regularmente. Em tempos onde o sedentarismo é um dos grandes vilões da saúde pública, qualquer incentivo para a prática de atividades físicas é bem-vindo.

TECNOLOGIA A FAVOR DA MOBILIDADE URBANA

Um dos grandes diferenciais das bikes compartilhadas é a facilidade de uso. Com o auxílio da tecnologia, ficou muito mais simples utilizar esses serviços. Basta um smartphone e o aplicativo certo para localizar a estação mais próxima e liberar uma bicicleta. E, claro, tudo isso de forma acessível e rápida.

No caso do Bike Estácio, as cidades de Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis contam com uma infraestrutura moderna, composta por estações que oferecem bicicletas elétricas. Em Belo Horizonte, por exemplo, são 51 estações e 500 bicicletas elétricas; em Curitiba, o número sobe para 780 bicicletas, das quais 530 são elétricas. Já em Florianópolis, são 50 estações e 350 bikes.

As bicicletas elétricas, por sua vez, representam uma solução ainda mais eficiente. Com uma autonomia de 100 km e estações que possibilitam o carregamento, elas garantem que os usuários possam percorrer grandes distâncias sem esforço extra, tornando o sistema atrativo tanto para trajetos curtos quanto para deslocamentos mais longos.

FACILIDADE DE ACESSO E PLANOS DIVERSIFICADOS

Quer experimentar uma bike compartilhada mas não sabe por onde começar? O processo é simples e acessível. Para utilizar as bicicletas do Bike Estácio, basta fazer o download do aplicativo da Tembici, cadastrar-se e escolher um dos planos disponíveis, que podem variar de aluguel avulso até opções diárias ou mensais.

Essa flexibilidade permite que o usuário escolha a opção que mais se adapta às suas necessidades. Seja para uma viagem pontual ou para quem pretende utilizar a bicicleta diariamente, há sempre uma alternativa. Além disso, o custo acessível e as diferentes formas de pagamento tornam o serviço uma opção atraente para todos os públicos.

A IMPORTÂNCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

É importante lembrar que o sucesso das bikes compartilhadas está diretamente ligado às políticas públicas que incentivam o uso de transportes menos poluentes. Projetos como o Bike Estácio são frutos de parcerias entre o setor privado e as prefeituras municipais, que têm investido em infraestrutura, como ciclovias e estações de compartilhamento, para garantir que mais pessoas tenham acesso a essa modalidade de transporte.

Segundo o professor Ricardo Finotti, biólogo e especialista em sustentabilidade da Estácio, “políticas de incentivo ao uso de modais de transporte menos poluentes são ações que impactam diretamente a qualidade de vida nas cidades, pois resultam na melhoria da qualidade do ar e na redução do trânsito”. Além disso, o uso das bicicletas promove a prática de atividades físicas, contribuindo para a saúde da população.

O FUTURO DAS BIKES COMPARTILHADAS NO BRASIL

O que o futuro reserva para as bikes compartilhadas no Brasil? Com os benefícios já observados e o crescente interesse da população, é possível afirmar que esse modal de transporte veio para ficar. Iniciativas como o Bike Estácio têm mostrado que é possível integrar tecnologia, sustentabilidade e praticidade em um único sistema, beneficiando tanto os usuários quanto as cidades.

Além disso, com o avanço da tecnologia, é esperado que novas melhorias sejam implementadas, como bicicletas ainda mais eficientes, estações de recarga mais rápidas e uma expansão ainda maior das áreas atendidas. Com o apoio das políticas públicas e o crescente interesse da população por meios de transporte sustentáveis, o cenário é bastante promissor.

Seja pela preocupação com o meio ambiente, pela busca por uma vida mais saudável ou simplesmente pela praticidade, as bikes compartilhadas têm se tornado uma peça essencial no quebra-cabeça da mobilidade urbana no Brasil. Projetos como o Bike Estácio são prova de que é possível transformar o trânsito das grandes cidades, promovendo um futuro mais sustentável e acessível para todos.

E você, já pensou em trocar o carro pela bicicleta no seu dia a dia?


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