Summer Eletrohits – Ativa entre 2005 e 2020, os sucessos das coletâneas Summer Eletrohits,
marcaram um período em que a internet não era popular no Brasil. Inclusive, os sucessos impactavam o recém mundo digital onde correntes de e-mail da época geravam questionamentos. Como exemplo, a música Crazy Frog “não era de Deus” pois o personagem falava coisas sem sentido em línguas estranhas. A coletânea trazia sucessos internacionais aos ritmos de Euromusic, Eletrônica e Dance, com CD’s lançados
pelo selo SOM LIVRE, do grupo Rede Globo. Nos últimos álbuns, houve inclusão de músicas nacionais
e mudança para plataformas digitais.
As músicas da coletânea ainda embalam as pistas de dança e atraem o público com
festas temáticas “Summer Eletrohits”. Para o DJ Paulo Mendes, que inclui os sucessos da
coletânea em seus sets, as musicas despertam diferentes emoções no público.
“A galera mais velha, que nasceu nos anos 1990, gosta das músicas
por trazer um sentimento de nostalgia. A galerinha mais jovem, nascida após os
lançamentos dos álbuns, curte pela diversão”, observa o DJ.
Um membro exemplo dessa “galera mais velha”, citada por Mendes, é a jornalista e digital
influencer Alice Kienen Gramkow. Nascida nos anos 90, conta que sua primeira
experiência com Summer Eletrohits foi em um verão brincando na piscina na casa de uma
amiga. “Lembro que nas aulas de educação física ou em momentos de descontração na
escola, a gente sempre ouvia músicas dos álbuns. Até hoje fazem parte das minhas
playlists de exercícios apesar de ouvir outros estilos musicais”, destaca.
Outro ponto importante mencionado por Alice é a relação da música com a saúde mental.
Durante a pandemia, a música teve um papel importante em seu dia a dia de isolamento.
“Minha música favorita é ‘La Murtujú’, do DJ Gigi D’Agostino, ouvia sempre que precisava me
animar e funcionava muito”, Dj esse que Alice conheceu por intermédio da coletânea. O
sentimento de nostalgia feliz está presente para aqueles que cresceram ao som dos álbuns.
“Tenho memórias também com meus amigos, festinhas de aniversário, quando éramos
crianças e brincávamos de fazer coreografias para as músicas”, conclui a influenciadora.
A coletânea não só está presente nas playlists dos brasileiros, mas também no imaginário
popular, como é o caso da música “Can’t Get Over”. O hit, do músico brasileiro Kasino,
fez sucesso como sendo internacional. Em 2006, durante sua participação no programa
“Sabadaço” apresentado por Gilberto Barros na Band, ocorreu uma das cenas mais icônicas que
entrariam para o rol dos memes brasileiros. Barros fez a seguintes falas “Aeee Kasinão /
Can’t get over / Vai DJ / O som da noite / As baladas”, enquanto Kasino se apresentava.
Em 2021, a cena foi dramatizada em um trailer pelo produtor audiovisual
Maikon Zambido, disponível no YouTube e que conta com mais de um milhão de
visualizações. É possível até mesmo vestir esse momento, pois a marca “O Brasil que
deu certo” fez camisetas com as falas de Barros.
Alguns arriscam dizer que os primeiros álbuns de Summer Eletrohits já são um flashback
para a geração que cresceu ouvindo Kasino, Axel F e Bob Sinclar. As mudanças no
consumo de música trazidas pela disponibilidade da internet e pelos aparelhos eletrônicos
nos levam a refletir: “Como era bom chegar da escola e ligar o aparelho de som!” Já para
o Crazy Frog: “Wha-, wha-, wha-, wha-, what’s going on-, on? Ding, ding”, finaliza.
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