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A URGÊNCIA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
As mudanças climáticas não são mais uma preocupação futura; seus efeitos já são sentidos globalmente. Em 2024, o planeta registrou a temperatura média anual mais alta da história, ultrapassando pela primeira vez o limite de 1,5°C estabelecido pelo Acordo de Paris.
No Brasil, algumas regiões já enfrentam aumentos de até 3°C nas temperaturas máximas. Além disso, eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas e enchentes, tornaram-se mais frequentes e intensos, colocando desafios para comunidades, governos e cientistas.
MOVIMENTO “CIÊNCIA E VOZES DA AMAZÔNIA”
Diante desse cenário, fortalecer o diálogo entre a ciência e os saberes tradicionais torna-se essencial. Com esse objetivo, a Universidade Federal do Pará (UFPA) lançou o movimento “Ciência e Vozes da Amazônia”, reunindo pesquisadores, comunidades tradicionais, movimentos sociais e instituições locais.
A proposta é valorizar as particularidades da Amazônia na busca por soluções climáticas mais eficazes, promovendo um debate plural e alinhado com as necessidades reais da região. O movimento também busca ampliar o protagonismo das populações amazônicas nas discussões globais que acontecerão na COP 30, em Belém.
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO TRADICIONAL
O conhecimento científico é indispensável para entender e mitigar os efeitos das mudanças climáticas, mas ele não deve ser a única base para a tomada de decisões. O conhecimento tradicional, acumulado por gerações, oferece respostas práticas para o manejo sustentável dos ecossistemas, a preservação da biodiversidade e a adaptação climática.
Comunidades indígenas e ribeirinhas, por exemplo, possuem técnicas de reflorestamento, manejo de recursos hídricos e previsão climática baseadas na observação da natureza. Integrar esses saberes às políticas ambientais amplia as possibilidades de soluções eficientes e culturalmente adequadas.
EXEMPLOS INTERNACIONAIS DE INTEGRAÇÃO
A valorização do conhecimento tradicional no enfrentamento das mudanças climáticas não se limita ao Brasil. Em diversas partes do mundo, povos originários e comunidades locais desenvolvem estratégias adaptativas baseadas em práticas ancestrais.
Em ilhas do Pacífico, por exemplo, populações utilizam técnicas tradicionais para prever tempestades e proteger suas lavouras. No continente africano, métodos de captação de água baseados em conhecimento local ajudam a combater os efeitos da desertificação.
Essas experiências mostram que unir ciência e tradição pode levar a estratégias mais eficazes e sustentáveis para lidar com as mudanças climáticas.
O DESAFIO DA INTEGRAÇÃO
Apesar do potencial transformador da integração entre ciência e conhecimento tradicional, ainda existem desafios. A migração para centros urbanos e a perda de línguas indígenas são alguns dos fatores que ameaçam a transmissão desses saberes.
No entanto, iniciativas como o movimento “Ciência e Vozes da Amazônia” representam um avanço significativo na valorização das populações tradicionais como protagonistas na luta contra as mudanças climáticas. Garantir que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas é um passo essencial para a construção de políticas ambientais mais justas e eficazes.
CAMINHOS PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL
A crise climática exige respostas urgentes e integradas. Ao combinar conhecimento científico e saberes tradicionais, é possível desenvolver soluções mais sustentáveis, adaptadas às realidades locais e alinhadas com o equilíbrio ambiental.
A participação ativa das comunidades tradicionais nesse debate não é apenas uma questão de justiça, mas uma necessidade para garantir um futuro habitável para as próximas gerações. O diálogo entre ciência e tradição deve ser fortalecido, abrindo caminho para novas formas de coexistência entre humanidade e natureza.
Fonte: Agência Gov
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