Santa Catarina, um dos estados mais prósperos do Brasil, enfrenta desafios cruciais relacionados à água. A FIESC, ciente da importância desse recurso vital, delineou uma agenda para enfrentar problemas de falta, excesso, risco de suprimento e baixa qualidade. Neste artigo, exploraremos os detalhes desse diagnóstico e as propostas para assegurar o futuro hídrico catarinense.
Conteúdos
Um excelente negócio
Muitos não percebem, mas o grande negócio do Brasil é a água. Na produção de alimentos, como o frango, líder de exportação catarinense, e a soja, principal item da pauta nacional de exportações, a água desempenha um papel crucial. Entretanto, essa abundância hídrica não pode ser negligenciada, pois influencia diretamente a competitividade internacional.
“Water Trade”
O conceito de “water trade” destaca a vantagem competitiva de países com maior disponibilidade hídrica. O Brasil, detentor de 12% de toda a água doce mundial, exporta não apenas produtos, mas também água. O economista Marcos Troyjo ressalta essa realidade, enfatizando que a economia nacional é impulsionada pela água, sendo 70% dela destinada à produção de alimentos.
Água: mais que economia, vida
Para além das considerações econômicas, a água é vida. A oferta de água de qualidade e o saneamento básico são investimentos essenciais. A FIESC reconhece essa importância e investiu em um estudo abrangente sobre a água em Santa Catarina, culminando na Agenda Catarinense da Água.
Desastres naturais e prejuízos
Santa Catarina sofre prejuízos anuais significativos, ultrapassando R$ 1 bilhão, devido a desastres naturais. Enchentes, secas e outros eventos climáticos impactam não apenas a população, mas também a indústria, que registra perdas expressivas. Com mudanças climáticas em curso, a situação pode se agravar, exigindo ação imediata.
Estresse hídrico: uma ameaça iminente
As bacias hidrográficas catarinenses estão à beira do estresse. Até 2040, a captação de água pode aumentar em 30%, colocando todas as regiões hidrográficas em situação crítica. O alerta é claro: se não priorizarmos o suprimento hídrico, a crise será inevitável.
Desafios no saneamento básico
Apesar de indicadores socioeconômicos invejáveis, Santa Catarina enfrenta desafios no saneamento básico. A rede de água atende a mais de 98% da população urbana, mas menos de um terço dispõe de serviços públicos de coleta e tratamento de esgoto, abaixo da média nacional.
Rumo à sustentabilidade hídrica
Em um cenário de alterações climáticas e desafios hídricos, Santa Catarina precisa se preparar. Preparar-se para períodos de excesso e escassez, universalizar o saneamento e adaptar-se às mudanças climáticas são imperativos para garantir um futuro hídrico sustentável.
Texto a partir de informações da Imprensa FIESC.