Artigo por Flavia Pinn, profissional de Recursos humanos (@recrutadora.oliveira)
Na sociedade contemporânea, enquanto buscamos constantemente por igualdade e inclusão, um fenômeno muitas vezes negligenciado ainda persiste: o etarismo. Esta forma de discriminação baseada na idade afeta não apenas os mais velhos, mas também os mais jovens, influenciando o modo como são percebidos, tratados e valorizados em diversos contextos sociais.
O etarismo pode se manifestar de várias maneiras, desde estereótipos negativos associados à idade até oportunidades limitadas de emprego ou participação em determinadas atividades com base na idade cronológica. É uma forma de preconceito que permeia nossa cultura de maneira sutil, mas significativa, impactando tanto as interações individuais quanto as estruturas sociais mais amplas.
Uma das áreas em que o etarismo é frequentemente observado é no local de trabalho, onde a valorização da juventude muitas vezes resulta em preconceitos contra trabalhadores mais velhos. Essa mentalidade pode levar à subvalorização da vasta experiência e conhecimento que os trabalhadores mais velhos trazem consigo, prejudicando não apenas esses indivíduos, mas também o progresso das organizações que perdem a oportunidade de aproveitar ao máximo suas habilidades.
Além disso, o etarismo também pode afetar a saúde mental e emocional dos mais velhos, levando a sentimentos de isolamento, inadequação e desvalorização. Esses impactos podem ser especialmente pronunciados em uma sociedade que muitas vezes valoriza a juventude e a vitalidade em detrimento da sabedoria e da experiência acumulada ao longo do tempo.
Para combater o etarismo, é fundamental promover uma cultura de respeito e valorização de todas as idades. Isso inclui desafiar estereótipos negativos, promover a diversidade etária em todos os setores da sociedade e reconhecer e celebrar as contribuições de pessoas de todas as idades.
Além disso, é essencial criar oportunidades equitativas para todas as idades, tanto no local de trabalho quanto em outros aspectos da vida social. Isso pode envolver a implementação de políticas antidiscriminatórias, programas de conscientização e educação sobre etarismo e a promoção de ambientes inclusivos que valorizem e respeitem as pessoas de todas as idades.
Em última análise, combater o etarismo requer um esforço coletivo e contínuo para desafiar preconceitos arraigados e criar uma sociedade mais justa e inclusiva para pessoas de todas as idades. Ao reconhecer e confrontar o etarismo em todas as suas formas, podemos trabalhar juntos para construir um mundo onde o valor de uma pessoa não seja determinado pela idade, mas sim pela sua humanidade e contribuições únicas para o mundo.
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