Verão, sol, mar e aquela sensação revigorante ao entrar na água. Mas e se, de repente, uma ardência intensa surgir na pele? Muitas vezes, esse desconforto tem um culpado invisível: a água-viva. Esse problema comum nas praias de Santa Catarina exige atenção e cuidados imediatos. Então, o que fazer em caso de queimadura por água-viva?
Conteúdos
O PERIGO INVISÍVEL DAS ÁGUAS-VIVAS
Quem já foi vítima de uma queimadura por água-viva sabe o quão incômodo pode ser. A dor pode variar de leve a intensa, dependendo da espécie, do tempo de contato e da sensibilidade da pessoa. No litoral catarinense, os meses de verão concentram o maior número de casos, pois a movimentação dos banhistas aumenta e as condições oceânicas favorecem a aproximação desses organismos.
As águas-vivas são cnidários, animais marinhos que possuem tentáculos repletos de células urticantes, chamadas de nematocistos. Quando entram em contato com a pele humana, essas células liberam uma substância tóxica que causa ardência, vermelhidão e, em alguns casos, reações mais severas.
AS ESPÉCIES MAIS ENCONTRADAS NO LITORAL CATARINENSE
O mar catarinense abriga diferentes tipos de águas-vivas, mas duas espécies se destacam pela frequência de ocorrências:
- Reloginho (Olindias sambaquiensis): Pequena e quase transparente, essa espécie é difícil de ser vista na água. Está presente ao longo de todo o ano, mas sua incidência aumenta no verão. Seu veneno provoca ardência moderada e inchaços na pele.
- Caravela Portuguesa (Physalia physalis): Apesar de ser menos comum, a Caravela Portuguesa representa um risco maior. Seu flutuador azul e seus tentáculos longos carregam um veneno mais potente, capaz de causar dores intensas, náuseas e, em alguns casos, reações alérgicas severas.
ONDE AS QUEIMADURAS SÃO MAIS FREQUENTES?
Nem todas as praias registram o mesmo número de casos. O Sul de Santa Catarina tem um histórico maior de ocorrências, especialmente em Passo de Torres, Balneário Gaivota e Balneário Arroio do Silva. Isso se deve à geografia da região, que favorece a chegada desses organismos. A costa mais exposta aos ventos facilita a aproximação das águas-vivas.
Florianópolis, Palhoça e Governador Celso Ramos também registram números elevados, principalmente nos meses mais quentes. A movimentação das correntes marinhas e a direção dos ventos influenciam diretamente na presença dessas criaturas.
Se ao entrar no mar você sentir uma ardência repentina, siga estas orientações:
- Saia da água imediatamente – Permanecer no mar pode aumentar o contato com os tentáculos.
- Evite coçar ou esfregar a pele – Isso pode espalhar a toxina e piorar a queimadura.
- Lave a área afetada com água do mar – Nunca use água doce, pois isso pode intensificar a dor.
- Aplique vinagre – O vinagre neutraliza a ação dos nematocistos e ajuda a aliviar os sintomas.
- Procure um posto de guarda-vidas – Os profissionais podem fornecer os primeiros socorros e avaliar a gravidade do caso.
- Caso a dor persista, procure um médico – Em algumas situações, reações alérgicas podem ocorrer, exigindo atendimento especializado.
COMO EVITAR O CONTATO COM ÁGUAS-VIVAS?
Nem sempre é possível prever a presença dessas criaturas, mas algumas precauções podem reduzir o risco de queimaduras:
- Fique atento à sinalização nas praias – O Corpo de Bombeiros utiliza a bandeira lilás para indicar locais com alta incidência de águas-vivas.
- Consulte aplicativos e boletins oficiais – O CBMSC disponibiliza atualizações sobre a situação das praias.
- Evite entrar no mar em dias de vento sul ou leste – Essas condições costumam trazer mais águas-vivas para a costa.
- Use roupas de proteção – Lycra e neoprene ajudam a minimizar o contato direto com os tentáculos.
- Não toque em águas-vivas mortas na areia – Mesmo sem vida, elas ainda podem liberar toxinas.
ATENÇÃO É FUNDAMENTAL
A presença de águas-vivas no litoral catarinense é um fenômeno natural e, em muitos casos, inevitável. No entanto, saber como agir diante de uma queimadura faz toda a diferença para evitar complicações. Ao visitar a praia, fique atento às orientações dos guarda-vidas, siga as medidas de prevenção e aproveite o mar com segurança. Afinal, nada deve atrapalhar a experiência de um dia perfeito à beira-mar!
Fonte: Centro de Comunicação Social Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
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