Sebrae propõe marco regulatório para ampliar mercado aos pequenos negócios para a América Latina

Durante evento voltado a empresários, na Colômbia, presidente Décio Lima pediu que os países construam uma sinergia econômica e saiam do isolamento

O presidente do Sebrae, Décio Lima, defendeu a criação de um marco regulatório não só para o Brasil e a Colômbia, mas para a América do Sul durante o evento Fórum Empresarial Colômbia-Brasil, nesta quarta-feira (17). O dirigente integra a missão brasileira liderada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no país vizinho. O objetivo da viagem é participar do programa “Jornada Empreendedora” e do Fórum Empresarial Colômbia-Brasil, que reunirá autoridades brasileiras e colombianas e cerca de 300 empresários de ambos os países e diferentes setores.

“Nós temos que retomar um processo para minimamente nos igualarmos aos continentes que interagem nos processos econômicos no mundo todo. A América do Sul precisa construir uma sinergia entre as nossas economias para podermos interromper este contexto que nos isola no momento em que o conceito da economia globalizada não tem mais volta”, afirmou Décio Lima.

Em sua fala, o presidente do Sebrae ressaltou a força dos pequenos negócios nos dois países, pois em ambos as micro e pequenas empresas representam 95% dos empreendimentos locais. “Acredito que este momento é fundamental para que nós possamos, cada vez mais, interagir nos processos econômicos. Todos vamos crescer, a Colômbia e o Brasil, mas, sobretudo, construiremos aqui um paradigma para a América do Sul, que precisa interagir economicamente para deixar grandes os nossos países”, argumentou.

O Sebrae e a Apex estão trabalhando para ampliar o mercado para os pequenos negócios nas Américas. “Em Bogotá, o Sebrae reforça sua missão estratégica, em conjunto com a Apex, na promoção dos pequenos negócios. Sabe-se que em um mundo globalizado não é possível pensar apenas no mercado local. Os processos da inovação e da sustentabilidade revolucionam a dinâmica da economia. E estamos fazendo esta integração. Assim como no Brasil, 95% dos negócios colombianos são de pequenos negócios. É um grande momento da economia brasileira, o presidente Lula lidera o G20, o Mercosul e nossa meta é retirar o Brasil do Mapa da Fome”, destacou o presidente Décio Lima.

Hoje, quase 50% dos atendimentos da Apex são destinados aos empreendedores de pequenos negócios. “O Sebrae e a Apex estão construindo uma parceria estratégica. O Sebrae apoia as empresas e a Apex tem condições de internacionalizar e promover a exportação dessas empresas. Aqui, vamos assumir compromissos econômicos essenciais”, afirma Jorge Viana, presidente da Apex.

O Fórum está na agenda dos presidentes Lula e Petro, que manterão encontro de trabalho com atenção especial nas iniciativas para promover comércio e investimentos, o bem-estar das populações brasileira e colombiana e o desenvolvimento sustentável, em especial por meio da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica. O encontro presidencial permitirá, ainda, aprofundar o diálogo sobre temas sociais, a exemplo da igualdade racial, dos direitos humanos, da agricultura familiar e da política externa feminista.

Internacionalização

O Brasil é o 3º maior fornecedor para a Colômbia, com 6,4% de participação no mercado em 2023. As exportações brasileiras para o país somaram US$ 3,82 bilhões. Em 2023, foram comercializados entre os dois países US$ 6,1 bilhões.

Atualmente, há cerca de 100 empresas brasileiras estabelecidas na Colômbia, que é o 2º destino de interesse para internacionalização de empresas brasileiras. O objetivo do governo federal, em parceria com o Sebrae, é estreitar as relações comerciais e abrir novos mercados entre o Brasil e os países das Américas do Sul, Central e do Caribe.

“Estamos com uma agenda conjunta para garantir oportunidade para os pequenos negócios em várias frentes. Enquanto a Apex realiza um trabalho de promoção nos mercados internacionais, o Sebrae prepara essas empresas para que possam exportar e, com isso, gerar mais emprego e renda para o país”, afirma Décio Lima.


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